Vários internautas perguntam:
O cristão pode ter árvore de Natal em casa? E, quanto à exposição das crianças à figura pagã de papai Noel?
Pastor Ciro responde:
Amados internautas, confesso que eu tenho evitado essas questões de papai Noel e árvore de Natal neste blog, haja vista ser um assunto que pode fazer um neófito pôr tudo a perder, deixando de considerar outros valiosos assuntos constantes deste espaço. Mas, em razão da insistência de vários irmãos, resolvi fazer algumas considerações.
Em Eclesiastes 7.16,17 vemos que não devemos ser nem demasiadamente justos nem demasiadamente ímpios. Isso indica que a Palavra de Deus não exige de nós uma santificação inatingível ou impossível de ser praticada. Ao mesmo tempo, está implícito que não nos é vedado o entretenimento, desde que feito com moderação. Essa é a explicação mais plausível para a frase “não sejas demasiadamente ímpio”. Podemos, pois, desfrutar de certos prazeres, como ir ao shopping com a família, participar de festas, etc., sem que nos contaminemos.
De acordo com os princípios contidos em 1 Coríntios 6.12; 10.23,31, tudo nos é lícito, porém temos de ter maturidade para não nos contaminarmos com o mundo. É claro que papai Noel e árvore de Natal estão atrelados, em sua origem, ao paganismo. Mas nenhum crente em Jesus Cristo põe uma árvore de Natal em sua casa em louvor a ídolos. Presume-se que um cristão tenha o mínimo de maturidade para entender que a árvore se trata apenas de um símbolo natalino, empregado em todo mundo dito cristão.
Não podemos confundir a origem pagã com o uso hodierno. Caso contrário, teremos de proibir o vestido de noiva, o bolo de aniversário, etc. É claro que não ignoramos o fato de haver muito de paganismo na festa de Natal; também estamos cientes de que as pessoas do mundo estão cada vez mais distantes da centralidade do Natal: Jesus Cristo, o Salvador do mundo. Por outro lado, discriminar um irmão que tem uma árvore de Natal em casa ou proibir uma criança de admirar o chamado bom velhinho, num shopping center, são atitudes extremadas.
Quais são as únicas pessoas que, de fato, acreditam em papai Noel? As inocentes crianças. E de nada adianta os pais quererem proibi-las desse encantamento natural, que, aliás, não se dá apenas em relação ao Noel. Elas ficam encantadas com todo e qualquer boneco, palhaço, etc. Isso é coisa de criança.
Tudo nessa época do ano gira em torno de enfeites coloridos, com desenhos de papai Noel, árvores de Natal, etc. Caso os pais sejam extremistas, terão de proibir as crianças também de ir a shopping center, freqüentar aulas a partir de novembro, assistir a desenhos animados que mencionem papai Noel ou árvores de Natal, etc. Seria mesmo saudável impedir os infantes de terem esse contato com o mundo da fantasia, própria desse período da vida? Por outro lado, será que esses pais, preocupados com essa questiuncla, têm ensinado seus filhos em casa (Dt 6.7) e os levado à Escola Bíblica Dominical?
O que disse Paulo, em 1 Coríntios 13.11? “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino”. Ou seja, nenhuma pessoa, depois de atingir a fase adulta, continua acreditando em papai Noel. Por que, então, os pais vão tirar essa alegria única da criança? Isso, psicologicamente, as prejudicará, tornando-as tristes, enquanto os seus coleguinhas vão estar se alegrando com as cores e novidades do Natal! Vale a pena ser tão inflexível?
Geralmente, crentes extremistas que verberam contra papai Noel e árvores de Natal são os mesmos que, inconscientemente, louvam ao “deus papai Noel”. Por quê? Porque só vão aos templos para receber, receber, receber... Não vão ao culto para adorar a Deus, mas comportam-se como se o Senhor fosse o bom velhinho do Pólo Norte, que entra no templo com um saco de presentes nas costas... Nunca dizem: “Hoje estou aqui para adorar a Jesus”. O seu pensamento é: “Hoje eu vim receber a minha bênção”.
E eu pergunto, amados internautas, o que é pior: montar uma árvore de Natal em casa ou ter um conceito errado acerca de Deus, pensando que Ele é um papai Noel?
CSZ
Compromisso com a Palavra de Deus e com o Deus da Palavra (Ciro Sanches Zibordi)
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Mais sobre orar no monte
Pastor Ismael Andrade disse:
Graça e Paz, pastor Ciro. Gostaria de dizer que todos têm o direito de aceitar ou recusar subir o monte; posso dizer que realmente existe muito exagero por parte dos que vão a esse local. Mas acredito que às vezes um comportamento da natureza extrema ao qual ocorre nos montes não vem a atrapalhar a vida espiritual, desde que essa atitude não venha a tomar o lugar de Deus, pois Deus não divide sua glória com ninguém.
Temos relatos bíblicos que, diante de nossas pessoas, na atualidade poderiam nos chocar, tais como o rei Davi, que despiu-se e dançou diante do seu povo, e foi agradável a Deus; outro maior relato bíblico foi registrado em Atos: todos que foram cheios do poder de Deus andavam como se fossem bêbados, e sabemos que um pessoa bêbada não anda muito certinho, e sim tombando. Acredito que tudo dever ter ordem e uma ética, pois todo profeta está sujeito ao espírito. Se Deus ministrar algo em meu coração, eu posso muito bem falar normalmente, sem gritar, rodar, esbofetear o ar ou até mesmo alguém, para entregar a mensagem.
O sentido de subir ao monte é nada mais nada menos que buscar a Deus em um lugar diferente, podendo ser em uma praia, em uma fazenda, em uma árvore, em uma caverna. É apenas uma atitude espontânea de buscar a Deus. Cada um tem a sua maneira especial e particular de expressar o desejo de buscar a Deus; apenas não devemos mistificar com gestos e ações que não passam apenas de atos carnais. Não posso julgar o que cada um faz, mas posso não aceitar como normal. O Deus todo poderoso é quem vai indicar se são sinceras ou falsas as atitudes nos montes. Eu em particular já fui buscar mais de Deus nos montes e gosto muito disso; as meninices existem de fato, mas a minha atitude diante de Deus é que faz a diferença. Em todo lugar é tempo de buscar mais do Senhor Jesus.
Pastor Ismael Andrade.
Pastor Ciro responde:
Caro pastor Ismael,
Em primeiro lugar, que as bênçãos do Natal sejam derramadas sobre a sua vida. Agradeço-lhe pelas suas considerações, conquanto o irmão esteja um tanto equivocado.
Eu não tenho nada contra orar em montes ou vales, desde que as condições para isso sejam favoráveis. Sou contra o misticismo que ora prevalece no meio evangélico. Creio no poder de Deus, mas a Palavra do Senhor não avaliza o misticismo. E há muito misticismo em torno de orações em montes.
Jesus disse que a sua Casa (na ocasião, o Templo) é Casa de oração e também ensinou que devemos orar em nossa casa, a sós, como vemos nos Evangelhos. Não vemos também a igreja primitiva orando em montes. Leia Atos, principalmente os capítulos 1 a 13, e constatará que todos os cristãos oravam no templo e nas casas, e não em montes.
Por que o Senhor Jesus orou no monte? Porque não havia lugares para Ele ficar a sós com Deus. Era grande a pressão do povo sobre Ele. Só por isso optou por orar no monte. Mas lembre-se de que Jesus também orou no deserto. Por quê? Queria ficar a sós com Deus.
Jesus nunca incentivou a idéia mística que há em torno dos montes. Mas eu me posiciono contra orar em montes ou no meio do mato, ainda, em razão da falta de segurança. Já soube de irmãs que foram violentadas em montes e de irmãos que foram assaltados. E aqui no Rio de Janeiro, há alguns anos, um jovem foi atingido por um raio e morreu. "Ah, foi plano de Deus", alguém dirá. No entanto, a Palavra de Deus afirma que podemos morrer fora do tempo (Ec 7; Ef 6.1-3, etc.).
O irmão citou exemplos isolados, que em nada abonam o costume de orar em montes. Davi dançou ao comemorar uma vitória. Mas isso não significa que podemos fazer o que quisermos hoje, posto que fazemos parte da Igreja neotestamentária, cujo culto coletivo tem sim princípios que o regem (1 Co 12 a 14, etc). Ademais, o gesto do rei Davi foi patriótico. Ele jamais dançou na casa de Deus. Inclusive, junto com Asafe, estabeleceu o culto coletivo, na época, e não pôs dançarinos ou coreógrafos na Casa de Deus ou em reuniãos solenes.
Quanto à sua interpretação de Atos 2, com todo o respeito, ela é para lá de exagerada, pois o povo de Deus foi tido como embriagado devido às línguas estranhas pronunciadas, e não em razão de andarem cambaleantes ou coisa parecida. A Palavra de Deus é clara quanto ao culto pentecostal, que deve ter ordem e decência (1 Co 14). Em tempo, eu também já orei em montes e, epecialmente, no Vale da Bênção, em Araçariguama, São Paulo, um lugar agradabilíssimo, seguro e tranqüilo. A minha crítica a orações em montes se dá, portanto, por duas razões: misticismo e insegurança.
Finalmente, o irmão está equivocado ao pensar que não compete nós julgar as atitudes dos irmãos. Não cabe a nós o julgamento calunioso (Mt 7.1,2). Quanto a julgar no sentido de discernir, provar, examinar, tomar posição e refutar, aconselho-o a meditar em João 7.24; 1 João 4.1; 1 Coríntios 14.29; 1 Tessalonicenses 5.21; Atos 17.11; 1 Pedro 4.17; Atos 5; 2 Coríntios 11; 1 Coríntios 5.11; Apocalipse 2 a 3; Salmos 11.3; Isaías 5.20; 1 Coríntios 2.15, etc.
Em Cristo,
CSZ
Graça e Paz, pastor Ciro. Gostaria de dizer que todos têm o direito de aceitar ou recusar subir o monte; posso dizer que realmente existe muito exagero por parte dos que vão a esse local. Mas acredito que às vezes um comportamento da natureza extrema ao qual ocorre nos montes não vem a atrapalhar a vida espiritual, desde que essa atitude não venha a tomar o lugar de Deus, pois Deus não divide sua glória com ninguém.
Temos relatos bíblicos que, diante de nossas pessoas, na atualidade poderiam nos chocar, tais como o rei Davi, que despiu-se e dançou diante do seu povo, e foi agradável a Deus; outro maior relato bíblico foi registrado em Atos: todos que foram cheios do poder de Deus andavam como se fossem bêbados, e sabemos que um pessoa bêbada não anda muito certinho, e sim tombando. Acredito que tudo dever ter ordem e uma ética, pois todo profeta está sujeito ao espírito. Se Deus ministrar algo em meu coração, eu posso muito bem falar normalmente, sem gritar, rodar, esbofetear o ar ou até mesmo alguém, para entregar a mensagem.
O sentido de subir ao monte é nada mais nada menos que buscar a Deus em um lugar diferente, podendo ser em uma praia, em uma fazenda, em uma árvore, em uma caverna. É apenas uma atitude espontânea de buscar a Deus. Cada um tem a sua maneira especial e particular de expressar o desejo de buscar a Deus; apenas não devemos mistificar com gestos e ações que não passam apenas de atos carnais. Não posso julgar o que cada um faz, mas posso não aceitar como normal. O Deus todo poderoso é quem vai indicar se são sinceras ou falsas as atitudes nos montes. Eu em particular já fui buscar mais de Deus nos montes e gosto muito disso; as meninices existem de fato, mas a minha atitude diante de Deus é que faz a diferença. Em todo lugar é tempo de buscar mais do Senhor Jesus.
Pastor Ismael Andrade.
Pastor Ciro responde:
Caro pastor Ismael,
Em primeiro lugar, que as bênçãos do Natal sejam derramadas sobre a sua vida. Agradeço-lhe pelas suas considerações, conquanto o irmão esteja um tanto equivocado.
Eu não tenho nada contra orar em montes ou vales, desde que as condições para isso sejam favoráveis. Sou contra o misticismo que ora prevalece no meio evangélico. Creio no poder de Deus, mas a Palavra do Senhor não avaliza o misticismo. E há muito misticismo em torno de orações em montes.
Jesus disse que a sua Casa (na ocasião, o Templo) é Casa de oração e também ensinou que devemos orar em nossa casa, a sós, como vemos nos Evangelhos. Não vemos também a igreja primitiva orando em montes. Leia Atos, principalmente os capítulos 1 a 13, e constatará que todos os cristãos oravam no templo e nas casas, e não em montes.
Por que o Senhor Jesus orou no monte? Porque não havia lugares para Ele ficar a sós com Deus. Era grande a pressão do povo sobre Ele. Só por isso optou por orar no monte. Mas lembre-se de que Jesus também orou no deserto. Por quê? Queria ficar a sós com Deus.
Jesus nunca incentivou a idéia mística que há em torno dos montes. Mas eu me posiciono contra orar em montes ou no meio do mato, ainda, em razão da falta de segurança. Já soube de irmãs que foram violentadas em montes e de irmãos que foram assaltados. E aqui no Rio de Janeiro, há alguns anos, um jovem foi atingido por um raio e morreu. "Ah, foi plano de Deus", alguém dirá. No entanto, a Palavra de Deus afirma que podemos morrer fora do tempo (Ec 7; Ef 6.1-3, etc.).
O irmão citou exemplos isolados, que em nada abonam o costume de orar em montes. Davi dançou ao comemorar uma vitória. Mas isso não significa que podemos fazer o que quisermos hoje, posto que fazemos parte da Igreja neotestamentária, cujo culto coletivo tem sim princípios que o regem (1 Co 12 a 14, etc). Ademais, o gesto do rei Davi foi patriótico. Ele jamais dançou na casa de Deus. Inclusive, junto com Asafe, estabeleceu o culto coletivo, na época, e não pôs dançarinos ou coreógrafos na Casa de Deus ou em reuniãos solenes.
Quanto à sua interpretação de Atos 2, com todo o respeito, ela é para lá de exagerada, pois o povo de Deus foi tido como embriagado devido às línguas estranhas pronunciadas, e não em razão de andarem cambaleantes ou coisa parecida. A Palavra de Deus é clara quanto ao culto pentecostal, que deve ter ordem e decência (1 Co 14). Em tempo, eu também já orei em montes e, epecialmente, no Vale da Bênção, em Araçariguama, São Paulo, um lugar agradabilíssimo, seguro e tranqüilo. A minha crítica a orações em montes se dá, portanto, por duas razões: misticismo e insegurança.
Finalmente, o irmão está equivocado ao pensar que não compete nós julgar as atitudes dos irmãos. Não cabe a nós o julgamento calunioso (Mt 7.1,2). Quanto a julgar no sentido de discernir, provar, examinar, tomar posição e refutar, aconselho-o a meditar em João 7.24; 1 João 4.1; 1 Coríntios 14.29; 1 Tessalonicenses 5.21; Atos 17.11; 1 Pedro 4.17; Atos 5; 2 Coríntios 11; 1 Coríntios 5.11; Apocalipse 2 a 3; Salmos 11.3; Isaías 5.20; 1 Coríntios 2.15, etc.
Em Cristo,
CSZ
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Meu irmão é de uma igreja pseudo-evangélica
Daniele pergunta:
A paz do Senhor, pastor Ciro!
Meu irmão recebeu Jesus numa igreja que se diz evangélica, mas que não prega o evangelho. Ele já foi membro durante muito tempo da Assembléia de Deus; e, depois de ter conhecido a verdade, voltou para a igreja anterior. Ele e sua esposa são os tipos de pessoas que você descreveu num artigo sobre igrejas pseudo-evangélicas: só pensam em ter dinheiro, muitas lojas e mostram a todos que têm status. Meu irmão não aceita doença em crente e diz que, se a pessoa não foi curada, é porque não teve fé suficiente. Eles estão cada vez mais soberbos. Nem tento mostrar-lhes a verdade, pois eles já viveram nela; também não aceitam o que os outros pensam. Depois que voltaram pra essa igreja, realmente têm crescido financeiramente. Coincidência? Como fica a salvação dessa pessoa que acha que Deus está no seu controle?
Um abraço.
Daniele.
Pastor Ciro responde:
Amada irmã Daniel, a paz do Senhor!
A sua pergunta é muito interessante e digna de constar deste blog, a fim de que outros irmãos sejam avisados quanto aos desvarios da falaciosa teologia da prosperidade. Omiti algumas informações, para que você não tenha problemas com os seus familiares.
Seu irmão aceitou Jesus numa igreja pseudo-cristã. Isso é possível, pois quem salva é o Senhor Jesus, e não uma denominação. É claro que uma pessoa verdadeiramente salva, depois de conhecer a verdade, dificilmente permanecerá em uma igreja que não prega a verdade, a menos que esteja consciente do erro de seus irmãos e queira abrir-lhes os olhos. Quanto à Assembléia de Deus, reconheço que ela não é perfeita, mas as congregações pastoreadas por homens sérios, compromissados com a Palavra, contribuem, e muito, para o crescimento espiritual do crente em Jesus.
Cada crente tem o direito de escolher a sua igreja. Entretanto, a descrição que você fez de seu irmão e sua cunhada me levam a acreditar que eles realmente estão enganados. Você disse que eles só pensam em dinheiro, lojas e status. Ter dinheiro, em si, não é pecado, porém só pensar nisso é avareza, amor sórdido ao dinheiro, isto é, um tipo de idolatria (Ef 5.5; 1 Tm 6.9,10). A Palavra de Deus chama os avarentos de falsos irmãos (1 Co 5.11; Ap 3.18-20).
Você também afirmou que o seu irmão não aceita doença em crente; mas a argumentação dele de que a pessoa que não foi curada ainda não teve fé suficiente também não resiste a uma análise bíblica. Que Jesus cura não há dúvida, pois Ele levou sobre si todas as nossas enfermidades (Is 53; Mt 8). Por outro lado, quem somos nós para dizer: “Eu não aceito a enfermidade”? E, se o Senhor quiser nos provar, permitindo que fiquemos enfermos? O livro de Jó mostra que Deus permite que o justo fique enfermo. E o apóstolo Paulo afirmou que nada pode nos separar do amor de Deus, nem a morte (Rm 8.35-39).
O crente, como ser humano, desgasta-se, naturalmente (Sl 90.10; 2 Co 4.16) e pode ficar enfermo sim (leia 1 Timóteo [a epístola toda]). Não existem super-crentes. Até mesmo um famoso missionário, que manda os crentes “determinarem”, não aceitando as enfermidades, um dia desses apareceu magro, abatido na televisão, dizendo que foi obrigado a passar por uma cirurgia nos EUA! Esse missionário é discípulo de Kenneth Hagin, um dos principais propagadores da teologia da prosperidade e da confissão positiva, o qual, apesar de afirmar que nunca ficava doente, morreu há alguns anos!
Fiquei realmente preocupado com a descrição que você fez de seu irmão e sua cunhada, pois, se eles estão cada dia mais soberbos, também estão cada vez mais se distanciando do Senhor, que detesta a soberba (Sl 138.6; 1 Pe 5.6). E o fato de eles prosperarem financeiramente não é prova de que Deus esteja aprovando a maneira de eles agirem. Aliás, isso é até uma ilusão diabólica, levando a pessoa a pensar que o Senhor está com ela por causa do seu progresso financeiro (1 Tm 2.9; 2 Pe 2.3; 2 Co 2.17; Mt 6.19-21).
Para progredir financeiramente não é preciso nem ser crente. Muitos, através do pensamento positivo, mediante boas idéias e muito esforço, têm prosperado no mundo, mesmo não seguindo a Palavra de Deus. Quanto à sua última pergunta — “Como fica a salvação dessa pessoa que acha que Deus está no seu controle?” —, ela precisa saber que não podemos confiar em nosso próprio coração (Jr 17.9) nem no que dizem as pessoas à nossa volta. É o Espírito Santo quem testifica, dentro de nós, que somos filhos de Deus (Rm 8.16). E, como a Palavra de Deus é a espada do Espírito, o verdadeiro crente permite que Ele aplique as verdades das Escrituras ao seu coração (Ef 6.17; Hb 4.12).
Portanto, um cristão que se preza não segue a seus impulsos ou a ensinamentos de missionários, apóstolos ou pastores que não pregam o evangelho de Cristo com verdade. Antes, examina tudo (At 17.11; 1 Jo 4.1) e retém somente o que é bom (1 Ts 5.21).
Em Cristo,
CSZ
A paz do Senhor, pastor Ciro!
Meu irmão recebeu Jesus numa igreja que se diz evangélica, mas que não prega o evangelho. Ele já foi membro durante muito tempo da Assembléia de Deus; e, depois de ter conhecido a verdade, voltou para a igreja anterior. Ele e sua esposa são os tipos de pessoas que você descreveu num artigo sobre igrejas pseudo-evangélicas: só pensam em ter dinheiro, muitas lojas e mostram a todos que têm status. Meu irmão não aceita doença em crente e diz que, se a pessoa não foi curada, é porque não teve fé suficiente. Eles estão cada vez mais soberbos. Nem tento mostrar-lhes a verdade, pois eles já viveram nela; também não aceitam o que os outros pensam. Depois que voltaram pra essa igreja, realmente têm crescido financeiramente. Coincidência? Como fica a salvação dessa pessoa que acha que Deus está no seu controle?
Um abraço.
Daniele.
Pastor Ciro responde:
Amada irmã Daniel, a paz do Senhor!
A sua pergunta é muito interessante e digna de constar deste blog, a fim de que outros irmãos sejam avisados quanto aos desvarios da falaciosa teologia da prosperidade. Omiti algumas informações, para que você não tenha problemas com os seus familiares.
Seu irmão aceitou Jesus numa igreja pseudo-cristã. Isso é possível, pois quem salva é o Senhor Jesus, e não uma denominação. É claro que uma pessoa verdadeiramente salva, depois de conhecer a verdade, dificilmente permanecerá em uma igreja que não prega a verdade, a menos que esteja consciente do erro de seus irmãos e queira abrir-lhes os olhos. Quanto à Assembléia de Deus, reconheço que ela não é perfeita, mas as congregações pastoreadas por homens sérios, compromissados com a Palavra, contribuem, e muito, para o crescimento espiritual do crente em Jesus.
Cada crente tem o direito de escolher a sua igreja. Entretanto, a descrição que você fez de seu irmão e sua cunhada me levam a acreditar que eles realmente estão enganados. Você disse que eles só pensam em dinheiro, lojas e status. Ter dinheiro, em si, não é pecado, porém só pensar nisso é avareza, amor sórdido ao dinheiro, isto é, um tipo de idolatria (Ef 5.5; 1 Tm 6.9,10). A Palavra de Deus chama os avarentos de falsos irmãos (1 Co 5.11; Ap 3.18-20).
Você também afirmou que o seu irmão não aceita doença em crente; mas a argumentação dele de que a pessoa que não foi curada ainda não teve fé suficiente também não resiste a uma análise bíblica. Que Jesus cura não há dúvida, pois Ele levou sobre si todas as nossas enfermidades (Is 53; Mt 8). Por outro lado, quem somos nós para dizer: “Eu não aceito a enfermidade”? E, se o Senhor quiser nos provar, permitindo que fiquemos enfermos? O livro de Jó mostra que Deus permite que o justo fique enfermo. E o apóstolo Paulo afirmou que nada pode nos separar do amor de Deus, nem a morte (Rm 8.35-39).
O crente, como ser humano, desgasta-se, naturalmente (Sl 90.10; 2 Co 4.16) e pode ficar enfermo sim (leia 1 Timóteo [a epístola toda]). Não existem super-crentes. Até mesmo um famoso missionário, que manda os crentes “determinarem”, não aceitando as enfermidades, um dia desses apareceu magro, abatido na televisão, dizendo que foi obrigado a passar por uma cirurgia nos EUA! Esse missionário é discípulo de Kenneth Hagin, um dos principais propagadores da teologia da prosperidade e da confissão positiva, o qual, apesar de afirmar que nunca ficava doente, morreu há alguns anos!
Fiquei realmente preocupado com a descrição que você fez de seu irmão e sua cunhada, pois, se eles estão cada dia mais soberbos, também estão cada vez mais se distanciando do Senhor, que detesta a soberba (Sl 138.6; 1 Pe 5.6). E o fato de eles prosperarem financeiramente não é prova de que Deus esteja aprovando a maneira de eles agirem. Aliás, isso é até uma ilusão diabólica, levando a pessoa a pensar que o Senhor está com ela por causa do seu progresso financeiro (1 Tm 2.9; 2 Pe 2.3; 2 Co 2.17; Mt 6.19-21).
Para progredir financeiramente não é preciso nem ser crente. Muitos, através do pensamento positivo, mediante boas idéias e muito esforço, têm prosperado no mundo, mesmo não seguindo a Palavra de Deus. Quanto à sua última pergunta — “Como fica a salvação dessa pessoa que acha que Deus está no seu controle?” —, ela precisa saber que não podemos confiar em nosso próprio coração (Jr 17.9) nem no que dizem as pessoas à nossa volta. É o Espírito Santo quem testifica, dentro de nós, que somos filhos de Deus (Rm 8.16). E, como a Palavra de Deus é a espada do Espírito, o verdadeiro crente permite que Ele aplique as verdades das Escrituras ao seu coração (Ef 6.17; Hb 4.12).
Portanto, um cristão que se preza não segue a seus impulsos ou a ensinamentos de missionários, apóstolos ou pastores que não pregam o evangelho de Cristo com verdade. Antes, examina tudo (At 17.11; 1 Jo 4.1) e retém somente o que é bom (1 Ts 5.21).
Em Cristo,
CSZ
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Quais os sintomas do batismo no Espírito?
Geise Alves Oliveira pergunta:
Olá, paz do Senhor Jesus Cristo, amado pastor Ciro! Sou sua leitora, dos livros Evangelhos que Paulo jamais pregaria, Erros que os pregaodres devem evitar, bem como de seus blogs. Gosto da sua postura em defender a Palavra do Senhor. Nossas opiniões sobre diversos assuntos têm sido iguais. Quanto ao batismo no Espírito Santo, quais são os sintomas de uma pessoa que está sendo batizada. Como ela reage? Já que o amado pastor tem condenado várias reações, gostaria de saber quais são os tais sintomas, a fim de não confundir uma pessoa verdadeiramente batizada com outras manifestações estranhas. Agradeço desde já.
Pastor Ciro responde:
Minha amada irmã Geise, a paz do Senhor! Fiquei feliz e sobremodo honrado em saber que você é leitora de meus escritos. Que bom que temos afinidade quanto às doutrinas esposadas na Palavra de Deus!
Quanto ao batismo no Espírito Santo, que também pode ser chamado de batismo com o Espírito Santo, o capítulo 2 de Atos é bastante claro. Trata-se o tal batismo de um revestimento de poder do alto (At 1.8; Lc 24.49), cuja evidência é falar em línguas estranhas, isto é, desconhecidas de quem as pronuncia. Essas línguas são, inicialmente, o sinal de que o crente foi agraciado com o mencionado dom, mas não devem ser confundidas com o dom de variedade de línguas. O revestimento de poder (batismo no [com o] Espírito Santo) é a porta para a manifestação dos dons como ministérios específicos e manifestações esporádicas na igreja (estude 1 Coríntios 12 a 14).
Minhas críticas às manifestações estranhas que ora ocorrem em algumas igrejas ditas pentecostais estão embasadas na Palavra de Deus. Em muitos lugares, crentes têm recebido unções do riso, de leão, de cachorro, de lagartixa, etc. Nada disso resiste a uma análise bíblica, posto que o culto pentecostal deve ter decência e ordem (1 Co 14.40). Daí o apóstolo Paulo ter dito, em 1 Coríntios 14.37: “Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor”.
Em Cristo,
CSZ
Olá, paz do Senhor Jesus Cristo, amado pastor Ciro! Sou sua leitora, dos livros Evangelhos que Paulo jamais pregaria, Erros que os pregaodres devem evitar, bem como de seus blogs. Gosto da sua postura em defender a Palavra do Senhor. Nossas opiniões sobre diversos assuntos têm sido iguais. Quanto ao batismo no Espírito Santo, quais são os sintomas de uma pessoa que está sendo batizada. Como ela reage? Já que o amado pastor tem condenado várias reações, gostaria de saber quais são os tais sintomas, a fim de não confundir uma pessoa verdadeiramente batizada com outras manifestações estranhas. Agradeço desde já.
Pastor Ciro responde:
Minha amada irmã Geise, a paz do Senhor! Fiquei feliz e sobremodo honrado em saber que você é leitora de meus escritos. Que bom que temos afinidade quanto às doutrinas esposadas na Palavra de Deus!
Quanto ao batismo no Espírito Santo, que também pode ser chamado de batismo com o Espírito Santo, o capítulo 2 de Atos é bastante claro. Trata-se o tal batismo de um revestimento de poder do alto (At 1.8; Lc 24.49), cuja evidência é falar em línguas estranhas, isto é, desconhecidas de quem as pronuncia. Essas línguas são, inicialmente, o sinal de que o crente foi agraciado com o mencionado dom, mas não devem ser confundidas com o dom de variedade de línguas. O revestimento de poder (batismo no [com o] Espírito Santo) é a porta para a manifestação dos dons como ministérios específicos e manifestações esporádicas na igreja (estude 1 Coríntios 12 a 14).
Minhas críticas às manifestações estranhas que ora ocorrem em algumas igrejas ditas pentecostais estão embasadas na Palavra de Deus. Em muitos lugares, crentes têm recebido unções do riso, de leão, de cachorro, de lagartixa, etc. Nada disso resiste a uma análise bíblica, posto que o culto pentecostal deve ter decência e ordem (1 Co 14.40). Daí o apóstolo Paulo ter dito, em 1 Coríntios 14.37: “Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor”.
Em Cristo,
CSZ
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Jugo desigual
Paulo César de Lima pergunta:
Pastor Ciro, o jugo desigual que a Bíblia menciona diz respeito somente à união de crente com o ímpio ou também se refere a idade? Estou namorando uma moça, e nós nos amamos muito; existe um grande respeito entre nós. Porém, ainda tenho receio de apresentá-la ao meu pastor, pois ela é nove anos mais velha que eu, apesar de aparentar a mesma idade.
O problema é que existe uma certa descriminação quando o homem é mais novo que a mulher... Gostaria que o senhor me tirasse essa dúvida. Posso continuar namorando essa jovem sem problema algum?
Deus o abençoe.
Pastor Ciro responde:
Caro Paulo César,
A paz do Senhor.
O jugo desigual mencionado em 2 Coríntios 6.14-18 relaciona-se a incompatibilidades de ordem espiritual. Diante Deus há dois tipos de pessoas: as que estão do lado de dentro, isto é, os filhos de Deus; e as que estão do lado de fora, os filhos do Diabo (Mc 4.11; 1 Tm 3.7; 1 Jo 3.10). Isso significa que o cristão salvo não deve ter comunhão ou amizade íntima com os infiéis, os incrédulos. Jugo desigual é qualquer sociedade com os ímpios: nos negócios, no namoro, no casamento, etc.
Quanto à diferença de idade entre namorados cristãos, isso não chega a ser um jugo desigual, mas uma incompatibilidade. A Palavra de Deus não condena o casamento entre pessoas que possuam uma grande diferença de idade, mas temos de usar o bom senso e refletir sobre as conseqüências de nossas decisões.
É comum vermos casamentos em que os homens são três, cinco, sete ou até dez anos mais velhos que as mulheres, pois já está comprovado que elas amadurecem mais rápido, fazendo com que tais diferenças etárias não sejam tão relevantes. Mas o inverso é um pouco mais difícil de se aceitar porque, geralmente, a mulher, em razão de seu amadurecimento acelerado, perde um pouco da beleza e da formosura. É muito desagradável, inclusive, quando alguém, em decorrência dessa diferença etária, pensa que a esposa de alguém é a sua mãe...
Hoje você tem vinte, e ela 29. Uma tendência é que ela sempre seja um pouco controladora, exigente, partindo-se do pressuposto de que é mais experiente que você. É preciso muito diálogo, a fim de que vocês se entendam e se ajustem depois do casamento. Afinal, como vocês permanecerão juntos se não estiverem de acordo, como lemos em Amós 3.3?
Você me pergunta se pode continuar namorando essa jovem mais velha. E eu lhe respondo que isso deve ser analisado por vocês, em oração, com calma. É claro que vocês se amam, e o amor a tudo supera. Se há esse sentimento de fato em vocês, não é uma diferença de idade que os atrapalhará, porém o amor não é estático. Ele pode crescer, diminuir ou até acabar. Portanto, há um grande desafio: manter a chama do amor acesa, haja o que houver. Caso contrário, os problemas que eu citei serão ainda mais difíceis para vocês.
Que o Senhor Jesus os oriente, a fim de que tomem a decisão certa e sejam felizes!
CSZ
Pastor Ciro, o jugo desigual que a Bíblia menciona diz respeito somente à união de crente com o ímpio ou também se refere a idade? Estou namorando uma moça, e nós nos amamos muito; existe um grande respeito entre nós. Porém, ainda tenho receio de apresentá-la ao meu pastor, pois ela é nove anos mais velha que eu, apesar de aparentar a mesma idade.
O problema é que existe uma certa descriminação quando o homem é mais novo que a mulher... Gostaria que o senhor me tirasse essa dúvida. Posso continuar namorando essa jovem sem problema algum?
Deus o abençoe.
Pastor Ciro responde:
Caro Paulo César,
A paz do Senhor.
O jugo desigual mencionado em 2 Coríntios 6.14-18 relaciona-se a incompatibilidades de ordem espiritual. Diante Deus há dois tipos de pessoas: as que estão do lado de dentro, isto é, os filhos de Deus; e as que estão do lado de fora, os filhos do Diabo (Mc 4.11; 1 Tm 3.7; 1 Jo 3.10). Isso significa que o cristão salvo não deve ter comunhão ou amizade íntima com os infiéis, os incrédulos. Jugo desigual é qualquer sociedade com os ímpios: nos negócios, no namoro, no casamento, etc.
Quanto à diferença de idade entre namorados cristãos, isso não chega a ser um jugo desigual, mas uma incompatibilidade. A Palavra de Deus não condena o casamento entre pessoas que possuam uma grande diferença de idade, mas temos de usar o bom senso e refletir sobre as conseqüências de nossas decisões.
É comum vermos casamentos em que os homens são três, cinco, sete ou até dez anos mais velhos que as mulheres, pois já está comprovado que elas amadurecem mais rápido, fazendo com que tais diferenças etárias não sejam tão relevantes. Mas o inverso é um pouco mais difícil de se aceitar porque, geralmente, a mulher, em razão de seu amadurecimento acelerado, perde um pouco da beleza e da formosura. É muito desagradável, inclusive, quando alguém, em decorrência dessa diferença etária, pensa que a esposa de alguém é a sua mãe...
Hoje você tem vinte, e ela 29. Uma tendência é que ela sempre seja um pouco controladora, exigente, partindo-se do pressuposto de que é mais experiente que você. É preciso muito diálogo, a fim de que vocês se entendam e se ajustem depois do casamento. Afinal, como vocês permanecerão juntos se não estiverem de acordo, como lemos em Amós 3.3?
Você me pergunta se pode continuar namorando essa jovem mais velha. E eu lhe respondo que isso deve ser analisado por vocês, em oração, com calma. É claro que vocês se amam, e o amor a tudo supera. Se há esse sentimento de fato em vocês, não é uma diferença de idade que os atrapalhará, porém o amor não é estático. Ele pode crescer, diminuir ou até acabar. Portanto, há um grande desafio: manter a chama do amor acesa, haja o que houver. Caso contrário, os problemas que eu citei serão ainda mais difíceis para vocês.
Que o Senhor Jesus os oriente, a fim de que tomem a decisão certa e sejam felizes!
CSZ
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Mais sobre comunicação com os mortos e reencarnação
Zélia Chamusca pergunta:
Olá, pastor Ciro. Gostaria que me explicasse o seguinte.
Nós nos comunicamos com os espíritos, e prova disso é a invocação aos santos, com as nossas orações. Mas, se um determinado espírito reencarna, deixamos de nos comunicar com ele, pois ele já não é espírito, e sim um ser encarnado igual a nós. Isto é assim? Diga-me, por favor, pois eu não entendo isso.
Muito grata.
ZCH
Pastor Ciro responde:
Prezada Zélia,
Vejo que você está um tanto confusa, mas creio que isso se deve ao fato de a Bíblia não ser ainda a sua regra de fé, de prática e de vida, a sua fonte primacial de autoridade. Digo-lhe isso, com toda a franqueza, porque a sua afirmação de que nós nos comunicamos com os espíritos é totalmente antibíblica e extrabíblica! Não bastasse isso, crê na invocação dos santos e fala com naturalidade da reencarnação.
A Palavra de Deus não apóia a suposta invocação aos santos, uma vez que o Senhor Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5; Jo 14.6). Respeitamos os homens de Deus do passado. O texto de Hebreus 11, por exemplo, menciona pessoas santas que viveram pela fé na terra. Entretanto, hoje, não há possibilidade alguma de nos comunicarmos com elas (Hb 9.27).
Quanto à nossa oração, deve ser dirigida ao Pai que está nos Céus, em nome de Jesus (Jo 14.13; 15.16; Mt 7.7,8). Além de não ser possível o contato com os espíritos de santos falecidos, o Senhor Deus condena a tentativa disso (Dt 18.9-12; Êx 22.18; Lv 19.26,31), uma vez que essa prática põe a pessoa que a busca em contato com espíritos enganadores, deixando-a à mercê deles (1 Sm 28; 1 Cr 10.13).
À luz da Bíblia, reencarnação não existe! Não há possibilidade alguma de os espíritos de santos falecidos se encarnarem em novos corpos.
Veja: Comunicação com os mortos e reencarnação
Um grande abraço.
CSZ
Olá, pastor Ciro. Gostaria que me explicasse o seguinte.
Nós nos comunicamos com os espíritos, e prova disso é a invocação aos santos, com as nossas orações. Mas, se um determinado espírito reencarna, deixamos de nos comunicar com ele, pois ele já não é espírito, e sim um ser encarnado igual a nós. Isto é assim? Diga-me, por favor, pois eu não entendo isso.
Muito grata.
ZCH
Pastor Ciro responde:
Prezada Zélia,
Vejo que você está um tanto confusa, mas creio que isso se deve ao fato de a Bíblia não ser ainda a sua regra de fé, de prática e de vida, a sua fonte primacial de autoridade. Digo-lhe isso, com toda a franqueza, porque a sua afirmação de que nós nos comunicamos com os espíritos é totalmente antibíblica e extrabíblica! Não bastasse isso, crê na invocação dos santos e fala com naturalidade da reencarnação.
A Palavra de Deus não apóia a suposta invocação aos santos, uma vez que o Senhor Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5; Jo 14.6). Respeitamos os homens de Deus do passado. O texto de Hebreus 11, por exemplo, menciona pessoas santas que viveram pela fé na terra. Entretanto, hoje, não há possibilidade alguma de nos comunicarmos com elas (Hb 9.27).
Quanto à nossa oração, deve ser dirigida ao Pai que está nos Céus, em nome de Jesus (Jo 14.13; 15.16; Mt 7.7,8). Além de não ser possível o contato com os espíritos de santos falecidos, o Senhor Deus condena a tentativa disso (Dt 18.9-12; Êx 22.18; Lv 19.26,31), uma vez que essa prática põe a pessoa que a busca em contato com espíritos enganadores, deixando-a à mercê deles (1 Sm 28; 1 Cr 10.13).
À luz da Bíblia, reencarnação não existe! Não há possibilidade alguma de os espíritos de santos falecidos se encarnarem em novos corpos.
Veja: Comunicação com os mortos e reencarnação
Um grande abraço.
CSZ
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Línguas estranhas
Tatiana Lima pergunta:
A paz do Senhor, irmão Ciro! Gostaria de parabenizá-lo pelo blog e também pelos livros, principalmente Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria (excelente). Os outros são muito bons também.
Na leitura de todo o capítulo 14 de 1 Coríntios, referente ao falar em línguas na igreja, entendo que, se não houver intérprete, que o crente fique calado, dirigindo-se a Deus e, silêncio (v.28). Então, pelo que está escrito, podemos concluir que não precisamos falar em línguas em voz alta na igreja?
Não pense que sou contra o falar em línguas, mas a Bíblia diz que temos que falar “consigo mesmo e com Deus”. Não venha me chamar de “geladeira”, a menos que seja “Brastemp” (risos).
Pastor Ciro responde:
Prezada Tatiana, a paz do Senhor!
Gostei muito do seu senso de humor. Agradeço-lhe pelos parabéns e pelas palavras de incentivo. É claro que a nossa força vem do Senhor (Ef 6.10; 1 Pe 5.6,10), mas pessoas como a irmã também me motivam a continuar escrevendo e pregando o evangelho de Cristo.
Por que a Palavra de Deus diz: “... se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus”? Porque nem sempre conseguimos discernir se as línguas que pronunciamos são tão-somente para a nossa edificação ou se contêm uma mensagem profética que necessita de interpretação.
Realmente, ficar falando em línguas estranhas o tempo todo, sem nenhuma ordem, não convém ao crente espiritual (1 Co 14.37,40). É o Espírito Santo quem gera em nós, sobrenaturalmente, essas línguas, mas “os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas” (v.32). Ou seja, a despeito de o Espírito Santo nos usar, dando-nos essas línguas, nós devemos saber como e quando usar esse dom, pois todo poder sem controle é um desastre.
O fogo é bom para aquecer, cozinhar, etc., mas sob controle. Caso contrário, temos um incêndio! O mesmo se aplica à eletricidade. Ela é importante e necessária, mas sob controle. Deus não é Deus de confusão (1 Co 14.33). Quando, em um culto, sentimos a motivação proveniente do Espírito Santo, podemos falar em voz alta. Mas, se percebermos que não se trata de uma mensagem profética ou, se não houver intérprete, o correto, biblicamente, é nos controlarmos e glorificarmos a Deus em tom baixo.
Diante do exposto, as línguas não devem ser usadas para o crente se exibir, como tenho visto. Mas também reconheço que, às vezes, quando a glória de Deus se manifesta de maneira mais intensa, temos de extravasar um pouco mais, o que não deve ser a regra, e sim a exceção. O culto genuinamente pentecostal tem ordem e decência.
Em Cristo,
CSZ
A paz do Senhor, irmão Ciro! Gostaria de parabenizá-lo pelo blog e também pelos livros, principalmente Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria (excelente). Os outros são muito bons também.
Na leitura de todo o capítulo 14 de 1 Coríntios, referente ao falar em línguas na igreja, entendo que, se não houver intérprete, que o crente fique calado, dirigindo-se a Deus e, silêncio (v.28). Então, pelo que está escrito, podemos concluir que não precisamos falar em línguas em voz alta na igreja?
Não pense que sou contra o falar em línguas, mas a Bíblia diz que temos que falar “consigo mesmo e com Deus”. Não venha me chamar de “geladeira”, a menos que seja “Brastemp” (risos).
Pastor Ciro responde:
Prezada Tatiana, a paz do Senhor!
Gostei muito do seu senso de humor. Agradeço-lhe pelos parabéns e pelas palavras de incentivo. É claro que a nossa força vem do Senhor (Ef 6.10; 1 Pe 5.6,10), mas pessoas como a irmã também me motivam a continuar escrevendo e pregando o evangelho de Cristo.
Por que a Palavra de Deus diz: “... se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus”? Porque nem sempre conseguimos discernir se as línguas que pronunciamos são tão-somente para a nossa edificação ou se contêm uma mensagem profética que necessita de interpretação.
Realmente, ficar falando em línguas estranhas o tempo todo, sem nenhuma ordem, não convém ao crente espiritual (1 Co 14.37,40). É o Espírito Santo quem gera em nós, sobrenaturalmente, essas línguas, mas “os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas” (v.32). Ou seja, a despeito de o Espírito Santo nos usar, dando-nos essas línguas, nós devemos saber como e quando usar esse dom, pois todo poder sem controle é um desastre.
O fogo é bom para aquecer, cozinhar, etc., mas sob controle. Caso contrário, temos um incêndio! O mesmo se aplica à eletricidade. Ela é importante e necessária, mas sob controle. Deus não é Deus de confusão (1 Co 14.33). Quando, em um culto, sentimos a motivação proveniente do Espírito Santo, podemos falar em voz alta. Mas, se percebermos que não se trata de uma mensagem profética ou, se não houver intérprete, o correto, biblicamente, é nos controlarmos e glorificarmos a Deus em tom baixo.
Diante do exposto, as línguas não devem ser usadas para o crente se exibir, como tenho visto. Mas também reconheço que, às vezes, quando a glória de Deus se manifesta de maneira mais intensa, temos de extravasar um pouco mais, o que não deve ser a regra, e sim a exceção. O culto genuinamente pentecostal tem ordem e decência.
Em Cristo,
CSZ
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
A oração no monte e os gravetos incandescentes
Bruno P. Cunha pergunta...
Estimado pastor Ciro, paz seja com o irmão.
Sou ovelha do Senhor Jesus e do pastor Francisco José da Silva, em Cordovil, RJ. Sou também seu leitor há muito tempo e li um trecho do seu livro mais recente — Mais Erros que os Pregadores Devem Evitar —, em que o senhor vê com reservas os cultos realizados em montes. Sendo bastante objetivo na minha pergunta, quais são as objeções que o senhor tem em relação a esse costume tão evangélico quanto antigo de “subir o monte”?
Muitíssimo grato.
Pastor Ciro responde:
Prezado Bruno, a paz do Senhor!
Considero um privilégio fazer parte da Assembléia de Deus em Cordovil, que tem como pastor-presidente o amado irmão e amigo Francisco José da Silva, ministério vice-presidido pelo estimado amigo, mestre e pastor Antonio Gilberto.
Meu irmão, quanto a cultos em montes, tenho sim objeções. Não só em relação a montes, pois, em cidades brasileiras desprovidas de montes, o povo ora no meio do mato mesmo! Não sei se você sabe, mas o mormonismo, de Joseph Smith Jr., começou quando esse homem estava orando no meio do mato! Um anjo chamado Morôni se apresentou e... Bem, lugares assim costumam reunir pessoas voltadas ao misticismo, desprovidas de discernimento espiritual, sendo presas fáceis de espíritos enganadores e doutrinas de demônios (1 Tm 4.1; Gl 1.8).
Como já freqüentei lugares assim, quando era novo convertido, falo com conhecimento de causa. Aliás, justiça seja feita, existe em São Paulo, na cidade de Araçariguama, há cinqüenta quilômetros da capital, um lugar chamado Vale da Bênção, que, quando eu puder, volto lá para buscar a Deus, haja vista tratar-se de um local seguro. Eis aqui uma das minhas objeções a oração no monte: falta de segurança.
O irmão sabia que algumas irmãs já foram violentadas em certos montes? Sabia que alguns irmãos já foram assaltados? Em São Paulo, na Serra da Cantareira, irmãos foram atacados, há algum tempo, por um grupo de macacos! Isso mesmo. Lembra-se daquele jovem que morreu, no Rio de Janeiro, há alguns anos, vítima de um raio? Se ele estivesse orando dentro do templo ou em casa, como Jesus ensinou, a tragédia não teria acontecido.
Por que orar no monte? Muitos afirmam que ficam mais perto do Senhor; outros dizem ver gravetos pegando fogo... Ora, na escuridão de uma mata ocorre esse fenômeno natural, que é mais ou menos como aquela miragem que vemos na estrada. Experimente subir ao monte de dia para ver o graveto luminoso ou incandescente... O irmão conhece alguém que já viu um graveto pegando fogo durante o dia? Eu mesmo já fiz o teste. E, como somos espirituais — e os espirituais discernem bem tudo (1 Co 2.15) —, não podemos confundir fenômenos naturais com manifestações divinas sobrenaturais.
Moisés esteve na presença do Senhor no monte, que fumegava enquanto ele com Deus falava, como lemos em Êxodo 19. Isso sim é sobrenaturalidade! Jesus orava no monte também. E, na Transfiguração (e somente nesse caso), houve uma manifestação sobrenatural (Mt 17.1-13), embora nada comparável a supostos gravetos incandescentes...
Por outro lado, quais dos apóstolos oravam no monte? Para onde Pedro e João estavam indo, na hora da oração? Ao templo (At 3.1). Onde Pedro estava orando quando o Senhor lhe deu uma visão acerca da evangelização dos gentios? No terraço de uma casa (At 10.9). Nota-se que já nos tempos da igreja primitiva não se orava em montes.
Mas, por que o Senhor Jesus orava no monte? Porque queria ficar a sós com o Pai (Mt 14.23; Lc 9.18), e isso não seria possível na casa de alguém, devido ao assédio do povo, nem nas sinagogas, onde Ele era persona non grata (Lc 6.12; 22.44). Observe, porém, que Ele também orava em lugares desertos, não necessariamente em montes (Lc 5.16). E que não realizava cultos em lugares assim; Ele apenas fazia isso para ficar a sós com o Pai.
Jesus orava nos montes e lugares desertos porque não havia na época templos como os de hoje. Mas Ele foi claro, ao dizer: “A minha casa será chamada casa de oração” (Mt 21.13). E também afirmou: “... quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai...” (Mt 6.6).
Não chega a ser uma heresia orar em montes, vales ou no meio do mato. Mas, se não houver segurança, fazer isso é tentar ao Senhor. O crente que tem comunhão com Deus sabe que o Senhor ouve a sua oração no templo, em casa e em qualquer lugar (Mt 18.20; 1 Tm 2.8). Se houver um monte seguro, que não ponha em risco a integridade física dos freqüentadores, não vejo problema em freqüentá-lo. Agora, essa história de que os gravetos pegam fogo em cima do monte é misticismo puro!
Em Cristo,
CSZ
Estimado pastor Ciro, paz seja com o irmão.
Sou ovelha do Senhor Jesus e do pastor Francisco José da Silva, em Cordovil, RJ. Sou também seu leitor há muito tempo e li um trecho do seu livro mais recente — Mais Erros que os Pregadores Devem Evitar —, em que o senhor vê com reservas os cultos realizados em montes. Sendo bastante objetivo na minha pergunta, quais são as objeções que o senhor tem em relação a esse costume tão evangélico quanto antigo de “subir o monte”?
Muitíssimo grato.
Pastor Ciro responde:
Prezado Bruno, a paz do Senhor!
Considero um privilégio fazer parte da Assembléia de Deus em Cordovil, que tem como pastor-presidente o amado irmão e amigo Francisco José da Silva, ministério vice-presidido pelo estimado amigo, mestre e pastor Antonio Gilberto.
Meu irmão, quanto a cultos em montes, tenho sim objeções. Não só em relação a montes, pois, em cidades brasileiras desprovidas de montes, o povo ora no meio do mato mesmo! Não sei se você sabe, mas o mormonismo, de Joseph Smith Jr., começou quando esse homem estava orando no meio do mato! Um anjo chamado Morôni se apresentou e... Bem, lugares assim costumam reunir pessoas voltadas ao misticismo, desprovidas de discernimento espiritual, sendo presas fáceis de espíritos enganadores e doutrinas de demônios (1 Tm 4.1; Gl 1.8).
Como já freqüentei lugares assim, quando era novo convertido, falo com conhecimento de causa. Aliás, justiça seja feita, existe em São Paulo, na cidade de Araçariguama, há cinqüenta quilômetros da capital, um lugar chamado Vale da Bênção, que, quando eu puder, volto lá para buscar a Deus, haja vista tratar-se de um local seguro. Eis aqui uma das minhas objeções a oração no monte: falta de segurança.
O irmão sabia que algumas irmãs já foram violentadas em certos montes? Sabia que alguns irmãos já foram assaltados? Em São Paulo, na Serra da Cantareira, irmãos foram atacados, há algum tempo, por um grupo de macacos! Isso mesmo. Lembra-se daquele jovem que morreu, no Rio de Janeiro, há alguns anos, vítima de um raio? Se ele estivesse orando dentro do templo ou em casa, como Jesus ensinou, a tragédia não teria acontecido.
Por que orar no monte? Muitos afirmam que ficam mais perto do Senhor; outros dizem ver gravetos pegando fogo... Ora, na escuridão de uma mata ocorre esse fenômeno natural, que é mais ou menos como aquela miragem que vemos na estrada. Experimente subir ao monte de dia para ver o graveto luminoso ou incandescente... O irmão conhece alguém que já viu um graveto pegando fogo durante o dia? Eu mesmo já fiz o teste. E, como somos espirituais — e os espirituais discernem bem tudo (1 Co 2.15) —, não podemos confundir fenômenos naturais com manifestações divinas sobrenaturais.
Moisés esteve na presença do Senhor no monte, que fumegava enquanto ele com Deus falava, como lemos em Êxodo 19. Isso sim é sobrenaturalidade! Jesus orava no monte também. E, na Transfiguração (e somente nesse caso), houve uma manifestação sobrenatural (Mt 17.1-13), embora nada comparável a supostos gravetos incandescentes...
Por outro lado, quais dos apóstolos oravam no monte? Para onde Pedro e João estavam indo, na hora da oração? Ao templo (At 3.1). Onde Pedro estava orando quando o Senhor lhe deu uma visão acerca da evangelização dos gentios? No terraço de uma casa (At 10.9). Nota-se que já nos tempos da igreja primitiva não se orava em montes.
Mas, por que o Senhor Jesus orava no monte? Porque queria ficar a sós com o Pai (Mt 14.23; Lc 9.18), e isso não seria possível na casa de alguém, devido ao assédio do povo, nem nas sinagogas, onde Ele era persona non grata (Lc 6.12; 22.44). Observe, porém, que Ele também orava em lugares desertos, não necessariamente em montes (Lc 5.16). E que não realizava cultos em lugares assim; Ele apenas fazia isso para ficar a sós com o Pai.
Jesus orava nos montes e lugares desertos porque não havia na época templos como os de hoje. Mas Ele foi claro, ao dizer: “A minha casa será chamada casa de oração” (Mt 21.13). E também afirmou: “... quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai...” (Mt 6.6).
Não chega a ser uma heresia orar em montes, vales ou no meio do mato. Mas, se não houver segurança, fazer isso é tentar ao Senhor. O crente que tem comunhão com Deus sabe que o Senhor ouve a sua oração no templo, em casa e em qualquer lugar (Mt 18.20; 1 Tm 2.8). Se houver um monte seguro, que não ponha em risco a integridade física dos freqüentadores, não vejo problema em freqüentá-lo. Agora, essa história de que os gravetos pegam fogo em cima do monte é misticismo puro!
Em Cristo,
CSZ
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Podemos falar com Deus face a face?
Mari Fernandes pergunta:
A paz, pastor Ciro! Tudo bem? Minha dúvida é a seguinte: Deuteronômio 5.4 diz que “Face a face o Senhor falou conosco...”, mas a própria Bíblia não diz que Moisés não suportou a glória de Deus? Tenho certeza de que o senhor irá me ajudar. Como estudante assídua da Palavra, admiro muito a forma como o senhor desmascara as mentiras dos últimos tempos.
Obrigada!
Pastor Ciro responde:
Prezada Mari, a paz do Senhor! Agradeço-lhe pelas palavras de incentivo.
Uma coisa é falar com Deus face a face, e outra, bem diferente, é vê-lo face a face, em glória, e fixar o olhar nEle. Vemos claramente essa diferença em Êxodo 33. No versículo 11 está escrito: “E falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo...”, mas, no versículo 20, o Senhor disse a Moisés: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá” (grifos meus).
No Novo Testamento, também vemos que João, o apóstolo, ao ser arrebatado em espírito, na Ilha de Patmos, não suportou fixar os olhos no Senhor Jesus glorificado. Por isso, disse: “E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último” (Ap 1.17).
Em resumo, podemos sentir a presença do Senhor, falar com Ele face a face, em oração (Jr 33.3; 29.13; 2 Cr 7.14,15), mas, no nosso atual estado, não podemos fixar o olhar no Cristo glorioso. Isso só será possível depois do Arrebatamento da Igreja, quando os nossos corpos mortais forem transformados (Fp 3.20,21; 1 Co 15.51-54), pois “... sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1 Jo 3.3, grifo meu).
Em Cristo,
CSZ
A paz, pastor Ciro! Tudo bem? Minha dúvida é a seguinte: Deuteronômio 5.4 diz que “Face a face o Senhor falou conosco...”, mas a própria Bíblia não diz que Moisés não suportou a glória de Deus? Tenho certeza de que o senhor irá me ajudar. Como estudante assídua da Palavra, admiro muito a forma como o senhor desmascara as mentiras dos últimos tempos.
Obrigada!
Pastor Ciro responde:
Prezada Mari, a paz do Senhor! Agradeço-lhe pelas palavras de incentivo.
Uma coisa é falar com Deus face a face, e outra, bem diferente, é vê-lo face a face, em glória, e fixar o olhar nEle. Vemos claramente essa diferença em Êxodo 33. No versículo 11 está escrito: “E falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo...”, mas, no versículo 20, o Senhor disse a Moisés: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá” (grifos meus).
No Novo Testamento, também vemos que João, o apóstolo, ao ser arrebatado em espírito, na Ilha de Patmos, não suportou fixar os olhos no Senhor Jesus glorificado. Por isso, disse: “E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último” (Ap 1.17).
Em resumo, podemos sentir a presença do Senhor, falar com Ele face a face, em oração (Jr 33.3; 29.13; 2 Cr 7.14,15), mas, no nosso atual estado, não podemos fixar o olhar no Cristo glorioso. Isso só será possível depois do Arrebatamento da Igreja, quando os nossos corpos mortais forem transformados (Fp 3.20,21; 1 Co 15.51-54), pois “... sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1 Jo 3.3, grifo meu).
Em Cristo,
CSZ
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Onde estão e o que estão fazendo os mortos em Cristo?
Renato Santana da Silva pergunta:
A paz do Senhor, pastor Ciro.
Parabéns pelo Blog do Ciro, que acesso assim que chego ao trabalho. Também lhe parabenizo pelo novo blog.
Há uma pergunta que muito me intriga: Onde estão os que morreram em Cristo Jesus, e o que estão fazendo? Desculpe-me do “o que estão fazendo?”, mas já escutei uns testemunhos e, como não tenho um profundo conhecimento nas Escrituras, não sei discernir se os relatos são ou não absurdos.
Um super-abraço! A pregação de domingo sobre a doutrina da Trindade me renovou!
Pastor Ciro responde:
Prezado Renato, a paz do Senhor! Agradeço-lhe pela “audiência” no Blog do Ciro e pelas palavras de incentivo. A pregação sobre a Trindade é muito necessária nesses tempos de relativismo.
Onde estão os que morreram em Cristo Jesus? Considerando que, de acordo com Eclesiastes 12.7, “... o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu”, todas as pessoas, sem distinção, salvas ou perdidas, ficam sob o controle de Deus (Mt 10.28). Contudo, no caso dos salvos, não ficam apenas sob o controle divino; quedam-se aos cuidados do Todo-Poderoso e são levados ao Paraíso, no Céu (Fp 1.23; 2 Co 5.8; 1 Pe 3.22). Quanto aos ímpios, vão para o Hades (gr. hades e hb. sheol), um lugar de tormentos (Ef 4.8-10; Sl 139.8; Pv 15.24).
Os salvos em Cristo, portanto, estão no Paraíso, no Terceiro Céu, uma ante-sala do lugar de gozo pleno (Lc 23.43; 2 Co 12.1-4). Trata-se de um lugar onde os salvos se encontram na condição espírito+alma, isto é, o “homem interior” (2 Co 4.16). No caso desses mortos em Cristo, o seu “homem interior” encontra-se em um estado intermediário, aguardando o Arrebatamento da Igreja. Naquele grande Dia, os salvos, que aguardam no Paraíso, se unirão aos seus corpos, na terra (1 Ts 4.16,17). E, na condição espírito+alma+corpo, ingressarão no Céu final, definitivo.
Em 1 Tessalonicenses 3.13 está escrito: “que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos”. Essa passagem mostra que os santos de todas as épocas virão com Cristo, no Arrebatamento. Em outras palavras, o “homem interior” (espírito+alma) deles se juntará aos seus corpos, na terra, para a ressurreição, num abrir e fechar de olhos (1 Co 15.50-52).
Apesar de os mortos em Cristo se encontrarem na presença de Deus, ainda não foram transformados. Isso só acontecerá na ressurreição (1 Co 15.51). Seu estado é similar ao daqueles mártires que morrerão na Grande Tribulação, mencionados em Apocalipse 6.9-11. Esta passagem e a de Lucas 16.25 indicam que, no Paraíso, os salvos são consolados, repousam, estão conscientes e se lembram do que aconteceu na terra (cf. Ap 14.13). Contudo, após o Arrebatamento, estarão — no sentido pleno — “sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17).
Nos tempos do Antigo Testamento, Paraíso e Hades ficavam na mesma região; eram separados por um abismo intransponível (Lc 16.19-31). Quando Jesus morreu, desceu em espírito a essa região e transportou de lá os salvos para o Terceiro Céu — para entender essa transição claramente, faz-se necessário estudar Mateus 16.18, Lucas 23.43, Efésios 4.8,9 e 2 Coríntios 12.1-4, nessa ordem. Quanto aos ímpios, permanecem numa espécie de ante-sala do Inferno final, o Hades, que não deixa de ser “um inferno”, um lugar de tormentos (Lc 16.23).
Quanto aos testemunhos de pessoas que pensam ter ido ao Céu e ao Inferno, é preciso ter cuidado, pois a Palavra de Deus é clara ao dizer que a glória futura ainda “... há de ser revelada” (Rm 8.18, grifo meu; 1 Pe 5.1; Dt 29.29). E o Senhor não contraria a sua Palavra.
Deus o abençoe.
CSZ
A paz do Senhor, pastor Ciro.
Parabéns pelo Blog do Ciro, que acesso assim que chego ao trabalho. Também lhe parabenizo pelo novo blog.
Há uma pergunta que muito me intriga: Onde estão os que morreram em Cristo Jesus, e o que estão fazendo? Desculpe-me do “o que estão fazendo?”, mas já escutei uns testemunhos e, como não tenho um profundo conhecimento nas Escrituras, não sei discernir se os relatos são ou não absurdos.
Um super-abraço! A pregação de domingo sobre a doutrina da Trindade me renovou!
Pastor Ciro responde:
Prezado Renato, a paz do Senhor! Agradeço-lhe pela “audiência” no Blog do Ciro e pelas palavras de incentivo. A pregação sobre a Trindade é muito necessária nesses tempos de relativismo.
Onde estão os que morreram em Cristo Jesus? Considerando que, de acordo com Eclesiastes 12.7, “... o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu”, todas as pessoas, sem distinção, salvas ou perdidas, ficam sob o controle de Deus (Mt 10.28). Contudo, no caso dos salvos, não ficam apenas sob o controle divino; quedam-se aos cuidados do Todo-Poderoso e são levados ao Paraíso, no Céu (Fp 1.23; 2 Co 5.8; 1 Pe 3.22). Quanto aos ímpios, vão para o Hades (gr. hades e hb. sheol), um lugar de tormentos (Ef 4.8-10; Sl 139.8; Pv 15.24).
Os salvos em Cristo, portanto, estão no Paraíso, no Terceiro Céu, uma ante-sala do lugar de gozo pleno (Lc 23.43; 2 Co 12.1-4). Trata-se de um lugar onde os salvos se encontram na condição espírito+alma, isto é, o “homem interior” (2 Co 4.16). No caso desses mortos em Cristo, o seu “homem interior” encontra-se em um estado intermediário, aguardando o Arrebatamento da Igreja. Naquele grande Dia, os salvos, que aguardam no Paraíso, se unirão aos seus corpos, na terra (1 Ts 4.16,17). E, na condição espírito+alma+corpo, ingressarão no Céu final, definitivo.
Em 1 Tessalonicenses 3.13 está escrito: “que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos”. Essa passagem mostra que os santos de todas as épocas virão com Cristo, no Arrebatamento. Em outras palavras, o “homem interior” (espírito+alma) deles se juntará aos seus corpos, na terra, para a ressurreição, num abrir e fechar de olhos (1 Co 15.50-52).
Apesar de os mortos em Cristo se encontrarem na presença de Deus, ainda não foram transformados. Isso só acontecerá na ressurreição (1 Co 15.51). Seu estado é similar ao daqueles mártires que morrerão na Grande Tribulação, mencionados em Apocalipse 6.9-11. Esta passagem e a de Lucas 16.25 indicam que, no Paraíso, os salvos são consolados, repousam, estão conscientes e se lembram do que aconteceu na terra (cf. Ap 14.13). Contudo, após o Arrebatamento, estarão — no sentido pleno — “sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17).
Nos tempos do Antigo Testamento, Paraíso e Hades ficavam na mesma região; eram separados por um abismo intransponível (Lc 16.19-31). Quando Jesus morreu, desceu em espírito a essa região e transportou de lá os salvos para o Terceiro Céu — para entender essa transição claramente, faz-se necessário estudar Mateus 16.18, Lucas 23.43, Efésios 4.8,9 e 2 Coríntios 12.1-4, nessa ordem. Quanto aos ímpios, permanecem numa espécie de ante-sala do Inferno final, o Hades, que não deixa de ser “um inferno”, um lugar de tormentos (Lc 16.23).
Quanto aos testemunhos de pessoas que pensam ter ido ao Céu e ao Inferno, é preciso ter cuidado, pois a Palavra de Deus é clara ao dizer que a glória futura ainda “... há de ser revelada” (Rm 8.18, grifo meu; 1 Pe 5.1; Dt 29.29). E o Senhor não contraria a sua Palavra.
Deus o abençoe.
CSZ
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Nem todo pregador é profeta
Vanessa, 21 anos, pergunta:
Paz do Senhor, pastor!
O que nós temos hoje são pessoas cheias do Espírito que têm o dom de profecia e entregam mensagens específicas para a Igreja exortando, consolando ou edificando, e ministros da Palavra que são profetas, pois o Senhor fala através deles com a Igreja? Então, quer dizer que todo pregador é profeta? E só é profeta quem prega? E o que Paulo quis dizer em 1 Coríntios 14.32 quando falou que os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas? E esse negócio de atos proféticos, intercessão profética, adoração profética, etc.?
Deus abençoe!
Pastor Ciro responde:
Olá, Vanessa!
O que é preciso ficar claro é que o dom de profecia está à disposição da Igreja de Cristo, mas só há manifestação desse dom onde há compreensão correta da doutrina dos dons espirituais e pessoas preparadas para serem usadas por Deus, como ocorria nas igrejas neotestamentárias (At 13.1-3; 1 Co 1.7). Todos os servos do Senhor podem buscar esse dom, não sendo exclusividade de certos privilegiados (1 Co 14.1).
Mas me parece que a sua principal dificuldade é quanto ao ministério profético (1 Co 12.28,29). Você me pergunta se todo pregador é profeta. É claro que não! Quando falamos em pregador, à luz da Bíblia, em certo sentido todos os crentes devem pregar o evangelho (Mc 16.15-18). Por outro lado, há o pregador chamado por Deus, especificamente para ser um arauto, um proclamador do evangelho, como o apóstolo Paulo, que aliás teve um chamamento tríplice: “Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios, na fé e na verdade” (1 Tm 2.7).
Nem todos os pregadores com chamadas específicas são profetas. Uns são evangelistas, por exemplo: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores” (Ef 4.11). Os pregadores-evangelistas pregam o evangelho com intrepidez e têm poder de convencimento, mas não são pregadores-profetas. Estes, ao discorrerem sobre a Palavra de Deus, transmitem mensagens proféticas específicas da parte do Senhor.
Você também me pergunta se só é profeta quem prega. Excentuando-se as pessoas usadas por Deus com o dom de profecia, que são chamadas no Novo Testamento de profetas (1 Co 14.29), o outro tipo de profeta é, sim, um pregador, um ministro do evangelho, dado por Deus à Igreja “... para obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.12,13).
Sua última pergunta: “O que Paulo quis dizer em 1 Coríntios 14.32, quando falou que os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas?” Ele quis dizer que devemos ter autocontrole. Os dons são produzidos sobrenaturalmente pelo Espírito Santo, mas nós não perdemos a consciência ou a razão, nem temos a nossa personalidade suprimida no momento da transmissão da profecia. Por mais poderosa que seja uma mensagem profética, podemos transmiti-la de maneira sóbria, sem excessos, pois o culto coletivo deve ter ordem e decência (1 Co 14.37-40).
Quanto a atos proféticos, intercessão profética, adoração profética, unção profética, dança profética, mover profético, ato profético, etcétera e tal, isso tudo são modismos da atualidade, usados, em muitos casos, por alguns líderes de denominações para conquistar mais e mais adeptos. A “simplicidade do evangelho” (2 Co 11.3) não dá muito “ibope”. Por isso, alguns têm preferido recorrer a atrativos e estratégias.
A paz do Senhor.
CSZ
Paz do Senhor, pastor!
O que nós temos hoje são pessoas cheias do Espírito que têm o dom de profecia e entregam mensagens específicas para a Igreja exortando, consolando ou edificando, e ministros da Palavra que são profetas, pois o Senhor fala através deles com a Igreja? Então, quer dizer que todo pregador é profeta? E só é profeta quem prega? E o que Paulo quis dizer em 1 Coríntios 14.32 quando falou que os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas? E esse negócio de atos proféticos, intercessão profética, adoração profética, etc.?
Deus abençoe!
Pastor Ciro responde:
Olá, Vanessa!
O que é preciso ficar claro é que o dom de profecia está à disposição da Igreja de Cristo, mas só há manifestação desse dom onde há compreensão correta da doutrina dos dons espirituais e pessoas preparadas para serem usadas por Deus, como ocorria nas igrejas neotestamentárias (At 13.1-3; 1 Co 1.7). Todos os servos do Senhor podem buscar esse dom, não sendo exclusividade de certos privilegiados (1 Co 14.1).
Mas me parece que a sua principal dificuldade é quanto ao ministério profético (1 Co 12.28,29). Você me pergunta se todo pregador é profeta. É claro que não! Quando falamos em pregador, à luz da Bíblia, em certo sentido todos os crentes devem pregar o evangelho (Mc 16.15-18). Por outro lado, há o pregador chamado por Deus, especificamente para ser um arauto, um proclamador do evangelho, como o apóstolo Paulo, que aliás teve um chamamento tríplice: “Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios, na fé e na verdade” (1 Tm 2.7).
Nem todos os pregadores com chamadas específicas são profetas. Uns são evangelistas, por exemplo: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores” (Ef 4.11). Os pregadores-evangelistas pregam o evangelho com intrepidez e têm poder de convencimento, mas não são pregadores-profetas. Estes, ao discorrerem sobre a Palavra de Deus, transmitem mensagens proféticas específicas da parte do Senhor.
Você também me pergunta se só é profeta quem prega. Excentuando-se as pessoas usadas por Deus com o dom de profecia, que são chamadas no Novo Testamento de profetas (1 Co 14.29), o outro tipo de profeta é, sim, um pregador, um ministro do evangelho, dado por Deus à Igreja “... para obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.12,13).
Sua última pergunta: “O que Paulo quis dizer em 1 Coríntios 14.32, quando falou que os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas?” Ele quis dizer que devemos ter autocontrole. Os dons são produzidos sobrenaturalmente pelo Espírito Santo, mas nós não perdemos a consciência ou a razão, nem temos a nossa personalidade suprimida no momento da transmissão da profecia. Por mais poderosa que seja uma mensagem profética, podemos transmiti-la de maneira sóbria, sem excessos, pois o culto coletivo deve ter ordem e decência (1 Co 14.37-40).
Quanto a atos proféticos, intercessão profética, adoração profética, unção profética, dança profética, mover profético, ato profético, etcétera e tal, isso tudo são modismos da atualidade, usados, em muitos casos, por alguns líderes de denominações para conquistar mais e mais adeptos. A “simplicidade do evangelho” (2 Co 11.3) não dá muito “ibope”. Por isso, alguns têm preferido recorrer a atrativos e estratégias.
A paz do Senhor.
CSZ
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Não existe mais ministério profético?
Vanessa, 21 anos, pergunta:
A paz do Senhor, pastor!
Hoje em dia está tudo tão banalizado, que eu não sei mais o que tem respaldo bíblico e o que não tem. Segundo o meu pai, o ministério profético acabou no Antigo Testamento e, hoje em dia, temos apenas o dom de profecia. Mas tem muita gente fazendo atos proféticos, louvor profético, intercessão profética... e, dizendo que todos nós somos profetas, ordenam: “Profetiiizaaaa!” Afinal de contas, o que é profeta, profecia e ministério profético?
Vanessa
Pastor Ciro responde:
Olá, Vanessa!
Ah, meus 21 anos! É bom saber (risos) que uma jovem como você se interessa pelo estudo da Palavra de Deus. Gostaria que soubesse que recebi todas as suas perguntas e procurarei respondê-las na medida do possível. E essa primeira é muito pertinente.
Concordo com você quanto à grande banalização da profecia, em nossos dias. Tudo é profético. Aqui no Rio de Janeiro certo grupo “evangélico” escalou o Dedo de Deus, na Região Serrana, a fim de ungi-lo. Para quê? Para declarar “profeticamente” que esse Estado é do Senhor Jesus! Há algum tempo, certa cantora disse ter usado botas confortáveis para pisar “profeticamente” na cabeça do Diabo, etcétera e tal.
Bem, deixando de lado modismos e efemeridades, você me fez uma tríplice pergunta — “Afinal de contas, o que é profeta, profecia e ministério profético?” — e merece uma resposta igualmente tripartida. No Novo Testamento temos dois tipos de profeta: o que exerce o ministério, isto é, o ofício de profeta (1 Co 12.29; Ef 4.11); e o que é usado com o dom de profecia (1 Co 14.29-32).
O dom de profecia está à disposição de todos os servos de Deus (1 Co 14.31); trata-se de uma capacitação sobrenatural do Espírito, concedida ao crente, em geral durante o culto coletivo (1 Co 14.26-30), a fim de que ele transmita uma mensagem de edificação, consolação ou exortação à igreja local (1 Co 14.3). Já o ofício de profeta diz respeito a um ministro, um pregador dado por Deus à Igreja (Ef 4.11-15; At 15.32; 21.10).
Segue-se que há dois tipos de profeta e, conseqüentemente, duas modalidades de profecia. O pregador chamado por Deus (1 Tm 2.7), ao expor a Palavra, é usado pelo Senhor para falar da parte dEle (1 Co 11.23). Mas o dom de profecia não requer chamada específica. Qualquer crente, desde que seja um “vaso preparado” (2 Tm 2.20,21), cheio do Espírito Santo (Ef 5.18) e revestido de poder do alto (Lc 24.49; At 1.8; 2.1-4), pode transmitir uma mensagem profética.
Quanto ao ministério profético, é importante fazer aqui um esclarecimento. O Senhor Jesus, ao afirmar que os profetas e a lei profetizaram até João Batista (Mt 11.13), referiu-se ao ministério profético nos moldes do Antigo Testamento. Ou seja, apesar de João Batista aparecer no Novo Testamento, ele teve um ministério similar ao exercido pelos profetas dos tempos veterotestamentários. Portanto, conforme demonstrei acima, existe sim ministério profético em nossos dias.
Quem ainda consulta certos “profetas” quanto a viagens, casamentos, sexo do bebê, etc. é porque ainda não aprendeu que há diferença entre os profetas (e os seus modos de profetizar) dos tempos do Novo e o do Antigo Testamentos. Hoje, não há mais a necessidade de se consultar profetas, como ocorria antigamente (1 Rs 22.15-28; Jr 37.16,17), pois temos a Bíblia completa (Sl 119.105; Rm 15.4; 2 Tm 3.16,17). Ademais, em nossos dias, o Espírito Santo fala como e quando quer, e não quando queremos que Ele fale (1 Co 12.11).
Diante do exposto, Vanessa, se você já está pensando em casamento — deve estar, pois as mulheres depois dos 20 já começam a imaginar que ficarão para “titias” —, não dê ouvidos a “profecias casamenteiras”...
A paz do Senhor!
CSZ
A paz do Senhor, pastor!
Hoje em dia está tudo tão banalizado, que eu não sei mais o que tem respaldo bíblico e o que não tem. Segundo o meu pai, o ministério profético acabou no Antigo Testamento e, hoje em dia, temos apenas o dom de profecia. Mas tem muita gente fazendo atos proféticos, louvor profético, intercessão profética... e, dizendo que todos nós somos profetas, ordenam: “Profetiiizaaaa!” Afinal de contas, o que é profeta, profecia e ministério profético?
Vanessa
Pastor Ciro responde:
Olá, Vanessa!
Ah, meus 21 anos! É bom saber (risos) que uma jovem como você se interessa pelo estudo da Palavra de Deus. Gostaria que soubesse que recebi todas as suas perguntas e procurarei respondê-las na medida do possível. E essa primeira é muito pertinente.
Concordo com você quanto à grande banalização da profecia, em nossos dias. Tudo é profético. Aqui no Rio de Janeiro certo grupo “evangélico” escalou o Dedo de Deus, na Região Serrana, a fim de ungi-lo. Para quê? Para declarar “profeticamente” que esse Estado é do Senhor Jesus! Há algum tempo, certa cantora disse ter usado botas confortáveis para pisar “profeticamente” na cabeça do Diabo, etcétera e tal.
Bem, deixando de lado modismos e efemeridades, você me fez uma tríplice pergunta — “Afinal de contas, o que é profeta, profecia e ministério profético?” — e merece uma resposta igualmente tripartida. No Novo Testamento temos dois tipos de profeta: o que exerce o ministério, isto é, o ofício de profeta (1 Co 12.29; Ef 4.11); e o que é usado com o dom de profecia (1 Co 14.29-32).
O dom de profecia está à disposição de todos os servos de Deus (1 Co 14.31); trata-se de uma capacitação sobrenatural do Espírito, concedida ao crente, em geral durante o culto coletivo (1 Co 14.26-30), a fim de que ele transmita uma mensagem de edificação, consolação ou exortação à igreja local (1 Co 14.3). Já o ofício de profeta diz respeito a um ministro, um pregador dado por Deus à Igreja (Ef 4.11-15; At 15.32; 21.10).
Segue-se que há dois tipos de profeta e, conseqüentemente, duas modalidades de profecia. O pregador chamado por Deus (1 Tm 2.7), ao expor a Palavra, é usado pelo Senhor para falar da parte dEle (1 Co 11.23). Mas o dom de profecia não requer chamada específica. Qualquer crente, desde que seja um “vaso preparado” (2 Tm 2.20,21), cheio do Espírito Santo (Ef 5.18) e revestido de poder do alto (Lc 24.49; At 1.8; 2.1-4), pode transmitir uma mensagem profética.
Quanto ao ministério profético, é importante fazer aqui um esclarecimento. O Senhor Jesus, ao afirmar que os profetas e a lei profetizaram até João Batista (Mt 11.13), referiu-se ao ministério profético nos moldes do Antigo Testamento. Ou seja, apesar de João Batista aparecer no Novo Testamento, ele teve um ministério similar ao exercido pelos profetas dos tempos veterotestamentários. Portanto, conforme demonstrei acima, existe sim ministério profético em nossos dias.
Quem ainda consulta certos “profetas” quanto a viagens, casamentos, sexo do bebê, etc. é porque ainda não aprendeu que há diferença entre os profetas (e os seus modos de profetizar) dos tempos do Novo e o do Antigo Testamentos. Hoje, não há mais a necessidade de se consultar profetas, como ocorria antigamente (1 Rs 22.15-28; Jr 37.16,17), pois temos a Bíblia completa (Sl 119.105; Rm 15.4; 2 Tm 3.16,17). Ademais, em nossos dias, o Espírito Santo fala como e quando quer, e não quando queremos que Ele fale (1 Co 12.11).
Diante do exposto, Vanessa, se você já está pensando em casamento — deve estar, pois as mulheres depois dos 20 já começam a imaginar que ficarão para “titias” —, não dê ouvidos a “profecias casamenteiras”...
A paz do Senhor!
CSZ
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Pedro foi o primeiro papa? Maria teve outros filhos?
A católica Míriam pergunta:
Jamais a Igreja Católica, em tempo algum, será abalada por pessoas que se dizem pastores de Cristo, ou mesmo por alguma seita ou por falsos profetas, que são desobedientes à Cristo e à sua Igreja, porque Cristo disse: “Pedro, tu és pedra e se tornou o primeiro papa”. Por que a sua desobediência? Seja obediente a Cristo, e todas as verdades virão a seu tempo. Por que atacar a própria Igreja Católica Apostólica Romana, se você ama mesmo Cristo? Deixe as agressões e as divisões de lado, pois você se diz cristão e agride os próprios cristãos. Deixe os cristãos em paz e faça jejum. Obrigada.
Míriam
Pastor Ciro responde:
Prezada senhora Míriam,
Agradeço-lhe por enviar-me o seu desabafo, acompanhado de alguns questionamentos. Embora eu não saiba exatamente o que motivou a sua revolta contra a minha pessoa, por assim dizer, tentarei responder às suas indagações.
Bem, a senhora diz que jamais a Igreja Católica, em tempo algum, será abalada por pessoas que se dizem pastores de Cristo, ou mesmo por alguma seita ou por falsos profetas. Concordo com a senhora, mas a Igreja Católica que jamais será abalada não é a Igreja Católica Apostólica Romana, e sim a Igreja Católica formada por todos os santos de todas épocas. E muitos desses santos foram assassinados, ao longo dos séculos, pelo romanismo, a “outra Igreja Católica”. Não confunda a pura e imaculada Igreja, o Corpo de Cristo, com a Igreja Romana, que é apenas uma grande instituição religiosa, mas que não tem a Bíblia como a sua fonte primacial de autoridade.
A senhora cometeu dois erros graves: considerar desobediência da minha parte a não aceitação de que Pedro foi o primeiro papa; e, a fim de fundamentar essa dura acusação, modificar imprudentemente a declaração do Senhor Jesus constante em Mateus 16.18. Mas sei que os seus desvios, prezada Míriam, decorrem do seguinte fato: para os católicos romanos, a fonte máxima de autoridade não é a Palavra de Deus, e sim uma teologia extrabíblica, baseada na tradição papista.
Onde está escrito na Bíblia que Pedro foi o primeiro papa e que ele é a pedra fundamental da Igreja? Bem, se isso fosse verdade, Pedro teria sido um papa muito diferente... Primeiro, Cefas era repreensível (Gl 2.11) — é claro que Bento XVI também o é. Segundo, ele era casado (Mt 8.14,15). Terceiro, pobre (At 3.6). Quarto, nunca recebeu adoração ou veneração (At 10.25,26). Outrossim, quando foi mesmo que Pedro esteve em Roma?
A senhora está ciente de que desobedientes são aqueles que não seguem à Palavra de Deus? O que ela diz acerca do Senhor Jesus tem algum valor para a senhora? Em 1 Coríntios 3.11 está escrito: “... ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”. Por que, então, o romanismo insiste em afirmar que Pedro é o fundamento da Igreja? Porque a fonte de autoridade dessa grande religião é a teologia papista. E, ao se firmar nela, os católicos consideram todas as outras fontes secundárias, inclusive a Palavra de Deus. Isso, sim, é desobediência!
É claro que os teólogos romanistas admitem crer na Bíblia! Mas dizer não é o mesmo que praticar, haja vista eles empregarem o texto sagrado convenientemente, a bel-prazer, fora de contexto, para corroborar o que o papismo afirma. Usam Mateus 16.18 para justificar a primazia de Pedro, ignorando que a pedra à qual Jesus fez referência é a própria declaração que o apóstolo fizera: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v.16). Aliás, o mesmo Pedro reconheceu — pregando e escrevendo — que Jesus é a pedra fundamental da Igreja (At 4.11; 1 Pe 2.4). Por que a senhora não lê em sua Bíblia essas referências?
Aproveitando o ensejo, onde está escrito, na Bíblia Sagrada, prezada senhora Míriam, que Maria é mediadora e que morreu virgem? A Palavra de Deus diz claramente que só existe um Mediador: Jesus Cristo (1 Tm 2.5; At 4.12; Jo 10.9; 14.6). E, como Maria teria morrido virgem, se as Escrituras, em Mateus 13.55, mencionam os outros filhos dela?
Não me venha com essa teoria extrabíblica e antibíblica de que os irmãos de Jesus eram primos, pois a própria Bíblia diz claramente que o Ele foi o primogênito de Maria, isto é, o seu primeiro filho (Lc 2.7). Ora, essa ênfase não é uma prova de que a mãe do Senhor teve outros filhos? Como a senhora mesma disse que todas as verdades virão a seu tempo, espero sinceramente que essas verdades bíblicas encontrem lugar em seu coração enquanto há tempo (Hb 3.15).
Em Cristo, o único Mediador,
CSZ
Jamais a Igreja Católica, em tempo algum, será abalada por pessoas que se dizem pastores de Cristo, ou mesmo por alguma seita ou por falsos profetas, que são desobedientes à Cristo e à sua Igreja, porque Cristo disse: “Pedro, tu és pedra e se tornou o primeiro papa”. Por que a sua desobediência? Seja obediente a Cristo, e todas as verdades virão a seu tempo. Por que atacar a própria Igreja Católica Apostólica Romana, se você ama mesmo Cristo? Deixe as agressões e as divisões de lado, pois você se diz cristão e agride os próprios cristãos. Deixe os cristãos em paz e faça jejum. Obrigada.
Míriam
Pastor Ciro responde:
Prezada senhora Míriam,
Agradeço-lhe por enviar-me o seu desabafo, acompanhado de alguns questionamentos. Embora eu não saiba exatamente o que motivou a sua revolta contra a minha pessoa, por assim dizer, tentarei responder às suas indagações.
Bem, a senhora diz que jamais a Igreja Católica, em tempo algum, será abalada por pessoas que se dizem pastores de Cristo, ou mesmo por alguma seita ou por falsos profetas. Concordo com a senhora, mas a Igreja Católica que jamais será abalada não é a Igreja Católica Apostólica Romana, e sim a Igreja Católica formada por todos os santos de todas épocas. E muitos desses santos foram assassinados, ao longo dos séculos, pelo romanismo, a “outra Igreja Católica”. Não confunda a pura e imaculada Igreja, o Corpo de Cristo, com a Igreja Romana, que é apenas uma grande instituição religiosa, mas que não tem a Bíblia como a sua fonte primacial de autoridade.
A senhora cometeu dois erros graves: considerar desobediência da minha parte a não aceitação de que Pedro foi o primeiro papa; e, a fim de fundamentar essa dura acusação, modificar imprudentemente a declaração do Senhor Jesus constante em Mateus 16.18. Mas sei que os seus desvios, prezada Míriam, decorrem do seguinte fato: para os católicos romanos, a fonte máxima de autoridade não é a Palavra de Deus, e sim uma teologia extrabíblica, baseada na tradição papista.
Onde está escrito na Bíblia que Pedro foi o primeiro papa e que ele é a pedra fundamental da Igreja? Bem, se isso fosse verdade, Pedro teria sido um papa muito diferente... Primeiro, Cefas era repreensível (Gl 2.11) — é claro que Bento XVI também o é. Segundo, ele era casado (Mt 8.14,15). Terceiro, pobre (At 3.6). Quarto, nunca recebeu adoração ou veneração (At 10.25,26). Outrossim, quando foi mesmo que Pedro esteve em Roma?
A senhora está ciente de que desobedientes são aqueles que não seguem à Palavra de Deus? O que ela diz acerca do Senhor Jesus tem algum valor para a senhora? Em 1 Coríntios 3.11 está escrito: “... ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”. Por que, então, o romanismo insiste em afirmar que Pedro é o fundamento da Igreja? Porque a fonte de autoridade dessa grande religião é a teologia papista. E, ao se firmar nela, os católicos consideram todas as outras fontes secundárias, inclusive a Palavra de Deus. Isso, sim, é desobediência!
É claro que os teólogos romanistas admitem crer na Bíblia! Mas dizer não é o mesmo que praticar, haja vista eles empregarem o texto sagrado convenientemente, a bel-prazer, fora de contexto, para corroborar o que o papismo afirma. Usam Mateus 16.18 para justificar a primazia de Pedro, ignorando que a pedra à qual Jesus fez referência é a própria declaração que o apóstolo fizera: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v.16). Aliás, o mesmo Pedro reconheceu — pregando e escrevendo — que Jesus é a pedra fundamental da Igreja (At 4.11; 1 Pe 2.4). Por que a senhora não lê em sua Bíblia essas referências?
Aproveitando o ensejo, onde está escrito, na Bíblia Sagrada, prezada senhora Míriam, que Maria é mediadora e que morreu virgem? A Palavra de Deus diz claramente que só existe um Mediador: Jesus Cristo (1 Tm 2.5; At 4.12; Jo 10.9; 14.6). E, como Maria teria morrido virgem, se as Escrituras, em Mateus 13.55, mencionam os outros filhos dela?
Não me venha com essa teoria extrabíblica e antibíblica de que os irmãos de Jesus eram primos, pois a própria Bíblia diz claramente que o Ele foi o primogênito de Maria, isto é, o seu primeiro filho (Lc 2.7). Ora, essa ênfase não é uma prova de que a mãe do Senhor teve outros filhos? Como a senhora mesma disse que todas as verdades virão a seu tempo, espero sinceramente que essas verdades bíblicas encontrem lugar em seu coração enquanto há tempo (Hb 3.15).
Em Cristo, o único Mediador,
CSZ
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
O que significa “reteté”?
Márcio Gomes pergunta:
Querido pastor Ciro, recebi um convite para uma vigília denominada “Reteté”. Já procurei o significado dessa palavra e não encontrei nada. Você sabe alguma coisa? Sua origem é grega ou judaica? Qual é o seu significado? É apenas algum tipo de clichê neopentecostal?
Abração!
Márcio
Pastor Ciro responde:
Caro Márcio, viajo muito e ouço bastante acerca do “reteté”. Como alguns pregadores gostam dessa palavra, a sua propagação tem acontecido em larga escala. Num dia desses, um amigo que mora em Lisboa, Portugal, disse-me que certo pregador brasileiro, após apresentar o seu currículo, afirmou: “Eu gosto mesmo é do reteté”, deixando os irmãos portugueses curiosos quanto ao significado desse vocábulo.
Uns dizem “reteté”, e outros, “repleplé”. Ninguém sabe ao certo o que significam essas expressões onomatopaicas. Mas elas devem ter se originado de brincadeiras de péssimo gosto com as línguas estranhas, com o intuito de identificar pretensos cultos pentecostais. Digo pretensos em razão de, nos cultos genuinamente pentecostais, haver exposição da Palavra e manifestação do poder de Deus, e não brincadeiras com os dons espirituais e mau uso deles, como ocorre em certos ajuntamentos.
No meu livro mais recente, MAIS Erros que os Pregadores Devem Evitar, eu discorro sobre alguns cultos estranhos, denominados de “reteté”. Este termo não consta de dicionários oficiais, embora haja quem diga que ele teve origem no italiano. Dizem que relaciona-se com a culinária e significa: “mistura”, “movimento”, “reboliço”, “festa”, “aquilo que foge da normalidade”, etc. Bem, se fosse esse mesmo o sentido do termo em apreço, estaria de acordo com o seu emprego usual e comum, haja vista os chamados cultos do “reteté” serem marcados por muito “reboliço”, em contraposição ao que está escrito em 1 Coríntios 14.
Em Cristo,
CSZ
Querido pastor Ciro, recebi um convite para uma vigília denominada “Reteté”. Já procurei o significado dessa palavra e não encontrei nada. Você sabe alguma coisa? Sua origem é grega ou judaica? Qual é o seu significado? É apenas algum tipo de clichê neopentecostal?
Abração!
Márcio
Pastor Ciro responde:
Caro Márcio, viajo muito e ouço bastante acerca do “reteté”. Como alguns pregadores gostam dessa palavra, a sua propagação tem acontecido em larga escala. Num dia desses, um amigo que mora em Lisboa, Portugal, disse-me que certo pregador brasileiro, após apresentar o seu currículo, afirmou: “Eu gosto mesmo é do reteté”, deixando os irmãos portugueses curiosos quanto ao significado desse vocábulo.
Uns dizem “reteté”, e outros, “repleplé”. Ninguém sabe ao certo o que significam essas expressões onomatopaicas. Mas elas devem ter se originado de brincadeiras de péssimo gosto com as línguas estranhas, com o intuito de identificar pretensos cultos pentecostais. Digo pretensos em razão de, nos cultos genuinamente pentecostais, haver exposição da Palavra e manifestação do poder de Deus, e não brincadeiras com os dons espirituais e mau uso deles, como ocorre em certos ajuntamentos.
No meu livro mais recente, MAIS Erros que os Pregadores Devem Evitar, eu discorro sobre alguns cultos estranhos, denominados de “reteté”. Este termo não consta de dicionários oficiais, embora haja quem diga que ele teve origem no italiano. Dizem que relaciona-se com a culinária e significa: “mistura”, “movimento”, “reboliço”, “festa”, “aquilo que foge da normalidade”, etc. Bem, se fosse esse mesmo o sentido do termo em apreço, estaria de acordo com o seu emprego usual e comum, haja vista os chamados cultos do “reteté” serem marcados por muito “reboliço”, em contraposição ao que está escrito em 1 Coríntios 14.
Em Cristo,
CSZ
Devemos batizar somente em nome de Jesus?
Joserley Oliveira Bezerra pergunta:
Irmão Ciro, que a paz do Senhor Jesus Cristo esteja em você. Li o seu livro Erros que os Pregadores Devem Evitar e concordei com o seu conteúdo. Por isso, venho lhe pedir que me tire algumas dúvidas sobre assuntos bíblicos. Por que os apóstolos batizavam “em nome de Jesus”, e não em nome das três Pessoas da Trindade?
Certo de que serei atendido nesta e em outras oportunidades, venho desde já agradecer-lhe pela atenção.
Cajazeiras-PB
Pastor Ciro responde:
Amador Joserley,
A paz do Senhor!
Fiquei imensamente feliz em saber que o irmão gostou do conteúdo de uma de minhas obras. Recebi as suas três perguntas e respondo aqui uma delas. Fique atento, pois, em breve, publicarei outras respostas.
As igrejas em que se aplica o batismo em águas somente em nome de Jesus dizem que obedecem à Palavra de Deus e seguem aos exemplos dos apóstolos. Na verdade, tal maneira de se batizar decorre do sistema de interpretação por elas adotado, que é o pentecostalismo da unicidade ou o unicismo. Os seguidores desse movimento se opõem à Trindade e, por isso, ignoram a fórmula batismal ensinada pelo próprio Senhor Jesus Cristo: “... batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).
Nos argumentos empregados pelos pentecostais da unicidade para negar a Trindade vemos uma tentativa de fazer prevalecer a lógica humana. E o fato de afirmarem que os apóstolos batizavam somente em nome de Jesus, e não conforme Mateus 28.19, demonstra total falta de conhecimento do contexto da Palavra de Deus e oposição ao próprio Senhor Jesus, a quem dizem honrar acima de tudo. Afinal, se Jesus deixou-nos a fórmula batismal trinitária, em nome da Trindade, por que essa tentativa de usar a própria Bíblia para opor-se à ordenança do Deus Filho?
Como explicar o fato de o livro de o Atos não mencionar a fórmula trinitária para o batismo em águas? Vemos, no Novo Testamento, que tudo o que os apóstolos fizeram foi na autoridade do nome de Jesus (Mc 16.15-20; 1 Co 2.1-5). Pregavam, ensinavam, curavam, expulsavam demônios, batizavam, tudo em nome de Jesus, isto é, na autoridade do nome do Senhor Jesus (At 3.6; 4.7-10; 16.18).
Segue-se que a declaração de Pedro, em Atos 2.38, “... cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo” não nos autoriza a rejeitar a fórmula que o próprio Senhor Jesus ordenou. Por isso, em Colossenses 3.17, está escrito: “E, quando fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. Conclui-se, pois, que a declaração apostólica “em nome de Jesus Cristo” equivale a “pela autoridade de Jesus Cristo”. Ademais, quem somos nós para revogar o que o Senhor Jesus disse em Mateus 28.19?
Para saber mais sobre a doutrina da Trindade leia este artigo: A voz do Bom Pastor e a “voz da verdade”
Em Cristo,
CSZ
Irmão Ciro, que a paz do Senhor Jesus Cristo esteja em você. Li o seu livro Erros que os Pregadores Devem Evitar e concordei com o seu conteúdo. Por isso, venho lhe pedir que me tire algumas dúvidas sobre assuntos bíblicos. Por que os apóstolos batizavam “em nome de Jesus”, e não em nome das três Pessoas da Trindade?
Certo de que serei atendido nesta e em outras oportunidades, venho desde já agradecer-lhe pela atenção.
Cajazeiras-PB
Pastor Ciro responde:
Amador Joserley,
A paz do Senhor!
Fiquei imensamente feliz em saber que o irmão gostou do conteúdo de uma de minhas obras. Recebi as suas três perguntas e respondo aqui uma delas. Fique atento, pois, em breve, publicarei outras respostas.
As igrejas em que se aplica o batismo em águas somente em nome de Jesus dizem que obedecem à Palavra de Deus e seguem aos exemplos dos apóstolos. Na verdade, tal maneira de se batizar decorre do sistema de interpretação por elas adotado, que é o pentecostalismo da unicidade ou o unicismo. Os seguidores desse movimento se opõem à Trindade e, por isso, ignoram a fórmula batismal ensinada pelo próprio Senhor Jesus Cristo: “... batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).
Nos argumentos empregados pelos pentecostais da unicidade para negar a Trindade vemos uma tentativa de fazer prevalecer a lógica humana. E o fato de afirmarem que os apóstolos batizavam somente em nome de Jesus, e não conforme Mateus 28.19, demonstra total falta de conhecimento do contexto da Palavra de Deus e oposição ao próprio Senhor Jesus, a quem dizem honrar acima de tudo. Afinal, se Jesus deixou-nos a fórmula batismal trinitária, em nome da Trindade, por que essa tentativa de usar a própria Bíblia para opor-se à ordenança do Deus Filho?
Como explicar o fato de o livro de o Atos não mencionar a fórmula trinitária para o batismo em águas? Vemos, no Novo Testamento, que tudo o que os apóstolos fizeram foi na autoridade do nome de Jesus (Mc 16.15-20; 1 Co 2.1-5). Pregavam, ensinavam, curavam, expulsavam demônios, batizavam, tudo em nome de Jesus, isto é, na autoridade do nome do Senhor Jesus (At 3.6; 4.7-10; 16.18).
Segue-se que a declaração de Pedro, em Atos 2.38, “... cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo” não nos autoriza a rejeitar a fórmula que o próprio Senhor Jesus ordenou. Por isso, em Colossenses 3.17, está escrito: “E, quando fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. Conclui-se, pois, que a declaração apostólica “em nome de Jesus Cristo” equivale a “pela autoridade de Jesus Cristo”. Ademais, quem somos nós para revogar o que o Senhor Jesus disse em Mateus 28.19?
Para saber mais sobre a doutrina da Trindade leia este artigo: A voz do Bom Pastor e a “voz da verdade”
Em Cristo,
CSZ
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Devem todos profetizar, no culto?
Luciana Sanches de Castro pergunta:
Graça e Paz, pastor Ciro!
Estou lendo o livro Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria, que ganhei da minha sogra. Estou no segundo capítulo do livro e tenho algumas dúvidas. Sabe, fiquei em alguns momentos confusa, imaginando: “Será que estou fazendo algumas coisas erradas diante de Deus?”
1) Em relação ao que o senhor diz na página 48, no tópico O que é o evangelho antropocêntrico, no terceiro parágrafo, eu posso ou não posso profetizar?
2) As palavras que saem da minha boca tem poder para abençoar e amaldiçoar?
3) É claro também que na hora do culto é preciso haver ordem e zelo ao entrar na casa de Deus, mas quando estou louvando ao Senhor eu não posso chorar ou falar alto, ajoelhada, me “derramando” diante do Senhor? Não estou dizendo em ficar brava, questionar a Deus ou brigar com Ele... Mas numa forma de quebrantamento e temor. Entendeu?
4) Ao ler a página 56, fiquei com dúvida em relação ao assunto “quebra de maldições”. Eu entendo que após aceitar a Jesus Cristo, nos tornamos uma nova criatura, e as coisas velhas já passaram. Mas, se a pessoa der brecha para a tentação do Inimigo, e este começar a imperar na vida dessa pessoa, não é preciso quebrar essa maldição à qual a pessoa deu legalidade? Não posso dar voz de comando para Satanás e seus demônios serem expulsos?
Bem, vou continuar lendo o livro e pedindo esclarecimento ao Espírito Santo para que eu faça à vontade do Senhor e seja submissa à sua Palavra. Desculpe-me das dúvidas existentes; eu estou no começo do livro e já fiquei tão confusa... Mas acho muito importante as pessoas serem alertadas enquanto há tempo, para não aborrecerem o Espírito do Senhor.
Deus o abençoe.
Pastor Ciro responde:
A paz do Senhor, Luciana!
Agradeço-lhe por me enviar esse e-mail e peço-lhe desculpas pela demora em lhe responder... Parafraseando aquele a quem chamam de “rei”, são tantos e tantos compromissos...
Bem, ainda antes de responder aos seus questionamentos, gostaria que você soubesse que tem o nome da minha esposa e o meu sobrenome! Minha esposa se chama Luciana Gomes Zibordi, e eu, Ciro Sanches Zibordi.
Você ganhou o livro Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria da sua sogra? Vocês se dão bem, não é? Ou ela lhe deu justamente esse livro para irritá-la? Risos...
Deixa eu começar a falar sério, pois você me fez difíceis perguntas...
1) A profecia, na Bíblia, é um dom do Espírito Santo. Não devemos confundi-la com qualquer declaração de fé e sair por aí profetizando na hora em que bem entendemos, achando que somos a “boca de Deus” na Terra, ainda que sejamos fiéis. Se você ler 1 Coríntios 12 a 14, saberá pela própria Bíblia que nem todos os crentes são profetas. Como, então, podem dizer uns aos outros, ao mesmo tempo, “Eu profetizo isso e aquilo”? Essa prática banaliza a profecia, pois o Espírito age particularmente como quer, e não quando alguém resolve nos mandar profetizar (1 Co 12.4-11; 14.1ss).
2) Leia com atenção o texto de Tiago 3.1-10 e você se convencerá de que não temos poder de abençoar ou amaldiçoar pessoas, no sentido de conferir-lhes bênçãos, diretamente, ou prejudicá-las mediante verberações. A passagem citada se refere a bendizer a Deus, no sentido de louvá-lo (cf. Sl 103.1,2), e a falar mal dos irmãos, isto é, caluniá-los ou murmurar contra eles (cf. Mt 7.1,2). Não se menciona o poder “criativo” ou “destrutivo” das palavras humanas, haja vista o poder estar na Palavra de Deus, e não em verberações humanas (Hb 4.12).
3) Eu não disse em parte alguma do meu livro citado que não se pode chorar, falar alto, expressar-se de joelhos, “derramando-se” diante do Senhor! Apenas citei algumas declarações em que tudo isso é mencionado junto com outras práticas reprováveis. Se você ler com mais atenção, verá que no próprio capítulo 2 afirmo que o crente pode e deve orar com choro na presença de Deus.
4) Esses modismos de quebrar maldições ou dar legalidade ao Diabo não têm base bíblica. Se você for uma crente fiel, não é preciso nada disso! Leia 2 Coríntios 5.17, Tiago 4.7 e 1 Pedro 5.8,9. Infelizmente, os crentes hoje valorizam muito mais Rebecca Brown, Mary Baxter, Benny Hinn, Kenneth Hagin, etc., do que as Escrituras. E esses autores possuem desvios terríveis da Palavra de Deus, haja vista não a considerarem a sua fonte primacial de autoridade.
Que o Senhor Jesus abençoe a sua vida!
CSZ
Graça e Paz, pastor Ciro!
Estou lendo o livro Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria, que ganhei da minha sogra. Estou no segundo capítulo do livro e tenho algumas dúvidas. Sabe, fiquei em alguns momentos confusa, imaginando: “Será que estou fazendo algumas coisas erradas diante de Deus?”
1) Em relação ao que o senhor diz na página 48, no tópico O que é o evangelho antropocêntrico, no terceiro parágrafo, eu posso ou não posso profetizar?
2) As palavras que saem da minha boca tem poder para abençoar e amaldiçoar?
3) É claro também que na hora do culto é preciso haver ordem e zelo ao entrar na casa de Deus, mas quando estou louvando ao Senhor eu não posso chorar ou falar alto, ajoelhada, me “derramando” diante do Senhor? Não estou dizendo em ficar brava, questionar a Deus ou brigar com Ele... Mas numa forma de quebrantamento e temor. Entendeu?
4) Ao ler a página 56, fiquei com dúvida em relação ao assunto “quebra de maldições”. Eu entendo que após aceitar a Jesus Cristo, nos tornamos uma nova criatura, e as coisas velhas já passaram. Mas, se a pessoa der brecha para a tentação do Inimigo, e este começar a imperar na vida dessa pessoa, não é preciso quebrar essa maldição à qual a pessoa deu legalidade? Não posso dar voz de comando para Satanás e seus demônios serem expulsos?
Bem, vou continuar lendo o livro e pedindo esclarecimento ao Espírito Santo para que eu faça à vontade do Senhor e seja submissa à sua Palavra. Desculpe-me das dúvidas existentes; eu estou no começo do livro e já fiquei tão confusa... Mas acho muito importante as pessoas serem alertadas enquanto há tempo, para não aborrecerem o Espírito do Senhor.
Deus o abençoe.
Pastor Ciro responde:
A paz do Senhor, Luciana!
Agradeço-lhe por me enviar esse e-mail e peço-lhe desculpas pela demora em lhe responder... Parafraseando aquele a quem chamam de “rei”, são tantos e tantos compromissos...
Bem, ainda antes de responder aos seus questionamentos, gostaria que você soubesse que tem o nome da minha esposa e o meu sobrenome! Minha esposa se chama Luciana Gomes Zibordi, e eu, Ciro Sanches Zibordi.
Você ganhou o livro Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria da sua sogra? Vocês se dão bem, não é? Ou ela lhe deu justamente esse livro para irritá-la? Risos...
Deixa eu começar a falar sério, pois você me fez difíceis perguntas...
1) A profecia, na Bíblia, é um dom do Espírito Santo. Não devemos confundi-la com qualquer declaração de fé e sair por aí profetizando na hora em que bem entendemos, achando que somos a “boca de Deus” na Terra, ainda que sejamos fiéis. Se você ler 1 Coríntios 12 a 14, saberá pela própria Bíblia que nem todos os crentes são profetas. Como, então, podem dizer uns aos outros, ao mesmo tempo, “Eu profetizo isso e aquilo”? Essa prática banaliza a profecia, pois o Espírito age particularmente como quer, e não quando alguém resolve nos mandar profetizar (1 Co 12.4-11; 14.1ss).
2) Leia com atenção o texto de Tiago 3.1-10 e você se convencerá de que não temos poder de abençoar ou amaldiçoar pessoas, no sentido de conferir-lhes bênçãos, diretamente, ou prejudicá-las mediante verberações. A passagem citada se refere a bendizer a Deus, no sentido de louvá-lo (cf. Sl 103.1,2), e a falar mal dos irmãos, isto é, caluniá-los ou murmurar contra eles (cf. Mt 7.1,2). Não se menciona o poder “criativo” ou “destrutivo” das palavras humanas, haja vista o poder estar na Palavra de Deus, e não em verberações humanas (Hb 4.12).
3) Eu não disse em parte alguma do meu livro citado que não se pode chorar, falar alto, expressar-se de joelhos, “derramando-se” diante do Senhor! Apenas citei algumas declarações em que tudo isso é mencionado junto com outras práticas reprováveis. Se você ler com mais atenção, verá que no próprio capítulo 2 afirmo que o crente pode e deve orar com choro na presença de Deus.
4) Esses modismos de quebrar maldições ou dar legalidade ao Diabo não têm base bíblica. Se você for uma crente fiel, não é preciso nada disso! Leia 2 Coríntios 5.17, Tiago 4.7 e 1 Pedro 5.8,9. Infelizmente, os crentes hoje valorizam muito mais Rebecca Brown, Mary Baxter, Benny Hinn, Kenneth Hagin, etc., do que as Escrituras. E esses autores possuem desvios terríveis da Palavra de Deus, haja vista não a considerarem a sua fonte primacial de autoridade.
Que o Senhor Jesus abençoe a sua vida!
CSZ
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Irmã preocupada com a sua igreja
Uma irmã, do Japão, pergunta:
Querido pastor Ciro, a paz do Senhor!
Através de seus livros estou descobrindo a verdade a respeito da Palavra de Deus. Porém, descobri que a minha igreja não está pregando a verdadeira Palavra. Não existe avivamento; existe é movimento. O pastor diz que somos avivados, mas o que acontece nos cultos? Pessoas se jogam ao chão, gritam e pulam dizendo estar no Espírito... No domingo, uma irmã se jogou ao chão e saiu se arrastando. Quase saí do meu lugar para expulsar... Pensei que ela estava endemoninhada! E o pior: o pastor disse que é assim mesmo! O Espirito Santo faz assim!
Sei que está tudo errado! Mas não sei o que fazer! Estou disposta a defender a verdade. Mas, por onde começar? Pensei em distribuir para a igreja um estudo bíblico sobre o que verdadeiramente é avivamento. Mas estou aprendendo agora a Palavra. O senhor poderia me ajudar e me enviar uma explicação sobre o avivamento? Por favor, pastor. Sei que o senhor é muito ocupado, mas me ajuda! A nossa igreja vai perecer se não entender o que verdadeiramente é o avivamento... Espero a sua resposta e vou ficar orando para o senhor ler esse e-mail.
Que o Senhor Jesus continue abençoando a sua vida e o seu ministério!
Pastor Ciro responde:
Prezada irmã,
A paz do Senhor!
Fiquei feliz em saber que os meus livros estão chegando ao outro lado do mundo! Recebo inúmeros e-mails diariamente. Leio todos de imediato, quando não estou viajando, mas os respondo depois de algum tempo. Tenho uma pasta no meu computador onde guardo todos eles. Não respondo a todos imediatamente porque tenho muitas ocupações relacionadas com o ministério que o Senhor me outorgou.
Entretanto, considero o seu e-mail um caso de emergência. Em primeiro lugar, como estamos tão distantes, vou orar por você e sua igreja. Mas alegra-me o fato de a irmã estar sensível ao que está acontecendo em sua igreja, pois isso é muito difícil de acontecer. Comparo o seu caso ao da igreja de Sardo, em que muitos estavam no erro, e o próprio pastor, morto espiritualmente. Havia ali apenas alguns irmãos agradando ao Senhor Jesus, os quais estavam sensíveis à sua voz (Ap 3.1-4). Não desanime. Nem se sinta só. O Senhor está com você!
O verdadeiro avivamento se dá pela Palavra de Deus. Você já leu 1 Coríntios 12 a 14? Estude esses três capítulos. Não sei se a irmã sabe, mas eu mantenho um blog, por meio do qual enfatizo que o verdadeiro avivamento só pode ocorrer em decorrência de amor e fidelidade ao Deus da Palavra e à Palavra de Deus. Você já o conhece? Clique no link abaixo:
*** BLOG DO CIRO ***
Amada, creio que o meu blog poderá ajudá-la com alguns subsídios sobre o verdadeiro avivamento, mas não deixe de orar por seu pastor e, se houver oportunidade, converse com ele. No Blog do Ciro há artigos e mensagens em áudio/vídeo, pelos quais você poderá ter argumentos bíblicos para discorrer sobre o verdadeiro avivamento, à luz das Escrituras, como o texto abaixo:
*** O culto pentecostal de acordo com 1 Coríntios 14 ***
Continue me escrevendo.
Em Cristo,
CSZ
Querido pastor Ciro, a paz do Senhor!
Através de seus livros estou descobrindo a verdade a respeito da Palavra de Deus. Porém, descobri que a minha igreja não está pregando a verdadeira Palavra. Não existe avivamento; existe é movimento. O pastor diz que somos avivados, mas o que acontece nos cultos? Pessoas se jogam ao chão, gritam e pulam dizendo estar no Espírito... No domingo, uma irmã se jogou ao chão e saiu se arrastando. Quase saí do meu lugar para expulsar... Pensei que ela estava endemoninhada! E o pior: o pastor disse que é assim mesmo! O Espirito Santo faz assim!
Sei que está tudo errado! Mas não sei o que fazer! Estou disposta a defender a verdade. Mas, por onde começar? Pensei em distribuir para a igreja um estudo bíblico sobre o que verdadeiramente é avivamento. Mas estou aprendendo agora a Palavra. O senhor poderia me ajudar e me enviar uma explicação sobre o avivamento? Por favor, pastor. Sei que o senhor é muito ocupado, mas me ajuda! A nossa igreja vai perecer se não entender o que verdadeiramente é o avivamento... Espero a sua resposta e vou ficar orando para o senhor ler esse e-mail.
Que o Senhor Jesus continue abençoando a sua vida e o seu ministério!
Pastor Ciro responde:
Prezada irmã,
A paz do Senhor!
Fiquei feliz em saber que os meus livros estão chegando ao outro lado do mundo! Recebo inúmeros e-mails diariamente. Leio todos de imediato, quando não estou viajando, mas os respondo depois de algum tempo. Tenho uma pasta no meu computador onde guardo todos eles. Não respondo a todos imediatamente porque tenho muitas ocupações relacionadas com o ministério que o Senhor me outorgou.
Entretanto, considero o seu e-mail um caso de emergência. Em primeiro lugar, como estamos tão distantes, vou orar por você e sua igreja. Mas alegra-me o fato de a irmã estar sensível ao que está acontecendo em sua igreja, pois isso é muito difícil de acontecer. Comparo o seu caso ao da igreja de Sardo, em que muitos estavam no erro, e o próprio pastor, morto espiritualmente. Havia ali apenas alguns irmãos agradando ao Senhor Jesus, os quais estavam sensíveis à sua voz (Ap 3.1-4). Não desanime. Nem se sinta só. O Senhor está com você!
O verdadeiro avivamento se dá pela Palavra de Deus. Você já leu 1 Coríntios 12 a 14? Estude esses três capítulos. Não sei se a irmã sabe, mas eu mantenho um blog, por meio do qual enfatizo que o verdadeiro avivamento só pode ocorrer em decorrência de amor e fidelidade ao Deus da Palavra e à Palavra de Deus. Você já o conhece? Clique no link abaixo:
*** BLOG DO CIRO ***
Amada, creio que o meu blog poderá ajudá-la com alguns subsídios sobre o verdadeiro avivamento, mas não deixe de orar por seu pastor e, se houver oportunidade, converse com ele. No Blog do Ciro há artigos e mensagens em áudio/vídeo, pelos quais você poderá ter argumentos bíblicos para discorrer sobre o verdadeiro avivamento, à luz das Escrituras, como o texto abaixo:
*** O culto pentecostal de acordo com 1 Coríntios 14 ***
Continue me escrevendo.
Em Cristo,
CSZ
Falsos profetas
Natália Ribeiro pergunta:
Olha, pastor Ciro, estive visitando seu blog, que conheci por meio de outro. Eu tinha interesse por um livro seu, Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria, que conheci numa livraria da CPAD. Fico muito feliz quando encontro pessoas compromissadas com a Palavra de Deus, que considero a única base verdadeiramente sólida para o cristão, apesar de Deus também usar outros meios. Vejo muitas verdades expostas no seu blog, mas não gostei do seu comentário sobre Benny Hinn. Será que essas críticas não têm servido mais de tropeço do que de advertência? Desculpe-me, mas realmente me senti incomodada ao ler suas críticas e ironias...
Fique na paz de Jesus.
Natalia Ribeiro
Pastor Ciro responde:
Prezada Natália,
A paz do Senhor!
Agradeço-lhe muito pelas palavras de incentivo, por ter visitado meu blog e pelo interesse por um de meus livros. Espero que você ainda esteja interessada em adquirir a obra...
Quanto aos artigos em que denuncio os desvios e blasfêmias de Benny Hinn, além dos engodos de outros que mercadejam a Palavra de Deus, gostaria que você refletisse sobre as inúmeras vidas que, enganadas, não conseguem abraçar ao verdadeiro evangelho de Cristo, tornando-se infrutíferas. Jesus condenou os fariseus por seus erros (Mt 23); Paulo fez o mesmo, citando inclusive nomes (2 Tm 4.10-15). Eu não costumo citar nomes, pois a nossa luta não é contra a carne e o sangue (Ef 6.12). Mas, no caso de Hinn, julgo necessário mencioná-lo, haja vista inúmeros pregadores jovens estarem seguindo aos seus passos.
Não devemos julgar pessoas no sentido de caluniá-las ou dizer inverdades acerca delas (Mt 7.1,2). No entanto, julgar, no sentido de exercer discernimento e apontar o que está errado, até de maneira irônica (pois a ironia nem sempre é negativa, podendo ser usada para persuadir alguém a desviar-se do erro, como fez o apóstolo Paulo), é bíblico (2 Co 11.5-13; At 17.11; 1 Jo 4.1; Hb 13.9; 1 Ts 5.21; 1 Co 14.29; Mt 7.15-23; 1 Pe 4.17). Jesus mesmo disse: “... julgai segundo a reta justiça” (Jo 7.24).
Leia com oração e meditação o texto de Mateus 7.15-23, além dos outros citados. Devemos ter cuidado com os falsos evangelhos, que nada têm de evangélicos (2 Co 11.4; Gl 1.6-12; 1 Tm 6.3,4). Como saber se alguém é um falso profeta? Observe se ele busca receber glória dos homens ou se ele se comporta como um show-man. Olhe para a vida de Jesus. Ele deve ser o seu exemplo, e não Benny Hinn. Você se sente bem seguindo alguém que afirma, sem nenhum sentimento de culpa, que Satanás invadiu o corpo de Jesus na cruz?
Quanto aos outros nomes que a irmã citou, e eu omiti nesta resposta (visto que o meu objetivo não é expor pessoas), aconselho-a a refletir com base em 2 Timóteo 4.1-5. Tenha cuidado com as aparências (Gl 2.6). Falo com todo o respeito e amor cristão.
Que o verdadeiro Deus abençoe a sua vida!
CSZ
Olha, pastor Ciro, estive visitando seu blog, que conheci por meio de outro. Eu tinha interesse por um livro seu, Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria, que conheci numa livraria da CPAD. Fico muito feliz quando encontro pessoas compromissadas com a Palavra de Deus, que considero a única base verdadeiramente sólida para o cristão, apesar de Deus também usar outros meios. Vejo muitas verdades expostas no seu blog, mas não gostei do seu comentário sobre Benny Hinn. Será que essas críticas não têm servido mais de tropeço do que de advertência? Desculpe-me, mas realmente me senti incomodada ao ler suas críticas e ironias...
Fique na paz de Jesus.
Natalia Ribeiro
Pastor Ciro responde:
Prezada Natália,
A paz do Senhor!
Agradeço-lhe muito pelas palavras de incentivo, por ter visitado meu blog e pelo interesse por um de meus livros. Espero que você ainda esteja interessada em adquirir a obra...
Quanto aos artigos em que denuncio os desvios e blasfêmias de Benny Hinn, além dos engodos de outros que mercadejam a Palavra de Deus, gostaria que você refletisse sobre as inúmeras vidas que, enganadas, não conseguem abraçar ao verdadeiro evangelho de Cristo, tornando-se infrutíferas. Jesus condenou os fariseus por seus erros (Mt 23); Paulo fez o mesmo, citando inclusive nomes (2 Tm 4.10-15). Eu não costumo citar nomes, pois a nossa luta não é contra a carne e o sangue (Ef 6.12). Mas, no caso de Hinn, julgo necessário mencioná-lo, haja vista inúmeros pregadores jovens estarem seguindo aos seus passos.
Não devemos julgar pessoas no sentido de caluniá-las ou dizer inverdades acerca delas (Mt 7.1,2). No entanto, julgar, no sentido de exercer discernimento e apontar o que está errado, até de maneira irônica (pois a ironia nem sempre é negativa, podendo ser usada para persuadir alguém a desviar-se do erro, como fez o apóstolo Paulo), é bíblico (2 Co 11.5-13; At 17.11; 1 Jo 4.1; Hb 13.9; 1 Ts 5.21; 1 Co 14.29; Mt 7.15-23; 1 Pe 4.17). Jesus mesmo disse: “... julgai segundo a reta justiça” (Jo 7.24).
Leia com oração e meditação o texto de Mateus 7.15-23, além dos outros citados. Devemos ter cuidado com os falsos evangelhos, que nada têm de evangélicos (2 Co 11.4; Gl 1.6-12; 1 Tm 6.3,4). Como saber se alguém é um falso profeta? Observe se ele busca receber glória dos homens ou se ele se comporta como um show-man. Olhe para a vida de Jesus. Ele deve ser o seu exemplo, e não Benny Hinn. Você se sente bem seguindo alguém que afirma, sem nenhum sentimento de culpa, que Satanás invadiu o corpo de Jesus na cruz?
Quanto aos outros nomes que a irmã citou, e eu omiti nesta resposta (visto que o meu objetivo não é expor pessoas), aconselho-a a refletir com base em 2 Timóteo 4.1-5. Tenha cuidado com as aparências (Gl 2.6). Falo com todo o respeito e amor cristão.
Que o verdadeiro Deus abençoe a sua vida!
CSZ
Comunicação com os mortos e reencarnação
Josinaldo Justino pergunta:
Paz e graça, irmão Ciro.
Conheci o seu blog há poucos dias e gostei muito do conteúdo do mesmo. Sou cristão há quase 22 anos, e faz mais de 10 anos que atuo como professor de Escola Dominical. Sirvo ao Senhor na Assembléia de Deus e tenho enfrentado uma grande dificuldade para explicar o texto de Mateus 17.1-9.
A passagem acima diz que os discípulos viram Moisés e Elias! Sobre Elias não há nenhum problema; ele não morreu e foi elevado ao Céu por um redemoinho (2 Rs 2.11). Mas, e Moisés? O próprio Deus declara que morreu (Js.1.2)! O ocorrido não se trata de uma visão, visto que Pedro se prontifica em construir tendas para Moisés, Elias e o Senhor...
Esse texto tem sido um prato cheio para os espíritas, pois alegam que os mortos podem voltar e se comunicar com os vivos, e isso sob a autoridade de Jesus. Não tenho nenhuma dúvida sobre a malignidade das doutrinas espíritas, mas até o dia de hoje não consegui uma explicação plausível. O que o irmão tem a dizer sobre o assunto?
Josinaldo
Pastor Ciro responde:
Prezado Josinaldo,
A paz do Senhor!
Agradeço-lhe pelas palavras de incentivo.
Por que, na Transfiguração, apareceram Moisés com Elias? Porque eles são os principais representantes dos tempos do Antigo Testamento. Moisés, além de profeta, foi o líder de Israel em boa parte de sua jornada, sendo também o representante da Lei, posto que a recebeu diretamente do Senhor. Quanto a Elias, trata-se do representante dos profetas, um homem de Deus com muita autoridade.
Quem os trouxe ao nosso mundo, por assim dizer, foi o próprio Filho de Deus, que tem todo o poder e faz o que lhe apraz. Não se trata, nesse caso, de comunicação com os mortos, posto que ao Senhor, que é o Deus dos vivos e o Todo-Poderoso, tudo é possível.
Os exegetas (ou eisegetas) espíritas valem-se de Malaquias 4.5, uma profecia que se cumpriu parcialmente no período neotestamentário — pela qual Jesus disse: “... todos os profetas e a lei profetizaram até João [Batista]. E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir” (Mt 11.13,14) —, para afirmar que João Batista teria sido a reencarnação de Elias. Mas este foi levado ao Céu, sem passar pela morte, como o irmão mencionou (2 Rs 2.11). Como o seu espírito poderia reencarnar, haja vista não ter desencarnado?
Quando Jesus afirmou que João Batista era o Elias que haveria de vir, estava apenas enfatizando a semelhança dos ministérios proféticos de ambos, conforme se lê em Lucas 1.17: “e irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos e os rebeldes, à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto”. Em outras palavras, Deus deu a João a autoridade espiritual de Elias.
Já que os espíritas querem interpretar o ocorrido fora de contexto para defender a falaciosa comunicação com os mortos, têm eles também de aceitar que quem apareceu na Transfiguração foi Elias, e não João Batista! Ora, como aquele teria reencarnado em João Batista sem ter morrido? Nesse caso, a mesma passagem que eles usam forçosamente em prol da comunicação com os mortos refuta a falaciosa doutrina da reencarnação! Segue-se que os dois representantes do Antigo Testamento foram convocados por Deus, a fim de que conversassem com o Senhor Jesus acerca de sua obra vicária (Lc 9.28-31). Foi isso o que aconteceu.
Quanto ao fato de que a Palavra de Deus condena a comunicação com os mortos — que na verdade é uma comunicação com demônios que se passam por espíritos de pessoas falecidas —, considero o seguinte: a Bíblia Sagrada condena a suposta comunicação com os mortos de modo contundente. Vemos isso, por exemplo, em 1 Samuel 28.
Ali, o rei Saul, depois de perder a comunhão com Deus, pensou que conversaria com o profeta Samuel. Os espíritas kardecistas também usam, equivocadamente, esse episódio para dar fundamentação bíblica à falaciosa doutrina da comunicação com os mortos. Mas jamais Samuel voltaria para falar com alguém, principalmente com Saul, a quem o Senhor rejeitara: “... o SENHOR lhe não respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas” (1 Sm 28.6).
Há muitas provas de que quem falou com Saul não foi o profeta Samuel. Primeiro, porque a Bíblia não diz que foi Samuel quem lhe apareceu, mas que Saul entendeu que era ele (1 Sm 28.14). Aquele suposto Samuel mentiu, ao dizer que, no dia seguinte, o rei e todos os seus filhos seriam mortos (1 Sm 28.19). Quando em vida, o profeta Samuel foi um homem íntegro (1 Sm 3.19). Mentiria depois de morto?
Mas a maior evidência de que aquele que falou com Saul não passava de um agente de Satanás é que uma das razões pela qual o rei morreu foi a sua decisão de consultar uma feiticeira-médium: “... morreu Saul (...) também porque buscou a adivinhadora para a consultar” (1 Cr 10.13). Portanto, biblicamente, não existe a mínima possibilidade de comunicação dos vivos com os mortos, pois “está posto um grande abismo” entre eles (Lc 16.26; 2 Sm 12.23).
Em Cristo,
CSZ
Paz e graça, irmão Ciro.
Conheci o seu blog há poucos dias e gostei muito do conteúdo do mesmo. Sou cristão há quase 22 anos, e faz mais de 10 anos que atuo como professor de Escola Dominical. Sirvo ao Senhor na Assembléia de Deus e tenho enfrentado uma grande dificuldade para explicar o texto de Mateus 17.1-9.
A passagem acima diz que os discípulos viram Moisés e Elias! Sobre Elias não há nenhum problema; ele não morreu e foi elevado ao Céu por um redemoinho (2 Rs 2.11). Mas, e Moisés? O próprio Deus declara que morreu (Js.1.2)! O ocorrido não se trata de uma visão, visto que Pedro se prontifica em construir tendas para Moisés, Elias e o Senhor...
Esse texto tem sido um prato cheio para os espíritas, pois alegam que os mortos podem voltar e se comunicar com os vivos, e isso sob a autoridade de Jesus. Não tenho nenhuma dúvida sobre a malignidade das doutrinas espíritas, mas até o dia de hoje não consegui uma explicação plausível. O que o irmão tem a dizer sobre o assunto?
Josinaldo
Pastor Ciro responde:
Prezado Josinaldo,
A paz do Senhor!
Agradeço-lhe pelas palavras de incentivo.
Por que, na Transfiguração, apareceram Moisés com Elias? Porque eles são os principais representantes dos tempos do Antigo Testamento. Moisés, além de profeta, foi o líder de Israel em boa parte de sua jornada, sendo também o representante da Lei, posto que a recebeu diretamente do Senhor. Quanto a Elias, trata-se do representante dos profetas, um homem de Deus com muita autoridade.
Quem os trouxe ao nosso mundo, por assim dizer, foi o próprio Filho de Deus, que tem todo o poder e faz o que lhe apraz. Não se trata, nesse caso, de comunicação com os mortos, posto que ao Senhor, que é o Deus dos vivos e o Todo-Poderoso, tudo é possível.
Os exegetas (ou eisegetas) espíritas valem-se de Malaquias 4.5, uma profecia que se cumpriu parcialmente no período neotestamentário — pela qual Jesus disse: “... todos os profetas e a lei profetizaram até João [Batista]. E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir” (Mt 11.13,14) —, para afirmar que João Batista teria sido a reencarnação de Elias. Mas este foi levado ao Céu, sem passar pela morte, como o irmão mencionou (2 Rs 2.11). Como o seu espírito poderia reencarnar, haja vista não ter desencarnado?
Quando Jesus afirmou que João Batista era o Elias que haveria de vir, estava apenas enfatizando a semelhança dos ministérios proféticos de ambos, conforme se lê em Lucas 1.17: “e irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos e os rebeldes, à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto”. Em outras palavras, Deus deu a João a autoridade espiritual de Elias.
Já que os espíritas querem interpretar o ocorrido fora de contexto para defender a falaciosa comunicação com os mortos, têm eles também de aceitar que quem apareceu na Transfiguração foi Elias, e não João Batista! Ora, como aquele teria reencarnado em João Batista sem ter morrido? Nesse caso, a mesma passagem que eles usam forçosamente em prol da comunicação com os mortos refuta a falaciosa doutrina da reencarnação! Segue-se que os dois representantes do Antigo Testamento foram convocados por Deus, a fim de que conversassem com o Senhor Jesus acerca de sua obra vicária (Lc 9.28-31). Foi isso o que aconteceu.
Quanto ao fato de que a Palavra de Deus condena a comunicação com os mortos — que na verdade é uma comunicação com demônios que se passam por espíritos de pessoas falecidas —, considero o seguinte: a Bíblia Sagrada condena a suposta comunicação com os mortos de modo contundente. Vemos isso, por exemplo, em 1 Samuel 28.
Ali, o rei Saul, depois de perder a comunhão com Deus, pensou que conversaria com o profeta Samuel. Os espíritas kardecistas também usam, equivocadamente, esse episódio para dar fundamentação bíblica à falaciosa doutrina da comunicação com os mortos. Mas jamais Samuel voltaria para falar com alguém, principalmente com Saul, a quem o Senhor rejeitara: “... o SENHOR lhe não respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas” (1 Sm 28.6).
Há muitas provas de que quem falou com Saul não foi o profeta Samuel. Primeiro, porque a Bíblia não diz que foi Samuel quem lhe apareceu, mas que Saul entendeu que era ele (1 Sm 28.14). Aquele suposto Samuel mentiu, ao dizer que, no dia seguinte, o rei e todos os seus filhos seriam mortos (1 Sm 28.19). Quando em vida, o profeta Samuel foi um homem íntegro (1 Sm 3.19). Mentiria depois de morto?
Mas a maior evidência de que aquele que falou com Saul não passava de um agente de Satanás é que uma das razões pela qual o rei morreu foi a sua decisão de consultar uma feiticeira-médium: “... morreu Saul (...) também porque buscou a adivinhadora para a consultar” (1 Cr 10.13). Portanto, biblicamente, não existe a mínima possibilidade de comunicação dos vivos com os mortos, pois “está posto um grande abismo” entre eles (Lc 16.26; 2 Sm 12.23).
Em Cristo,
CSZ
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Mateus 24, silêncio no Céu por meia hora, etc.
Josedson Santos pergunta:
Pastor Ciro, tenho lido seus livros Erros que os Pregadores Devem Evitar e Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria. Aproveito para parabenizá-lo por tamanha propriedade no assunto. Gostaria que você me tirasse algumas dúvidas, por favor.
1) É correto dizer: “Que Deus possa te abencoar”, como se Ele não pudesse?
2) Onde está escrito que no céu Jesus nos servirá?
3) Os sinais de Mateus 24 são sinais para o Arrebatamento ou para segunda fase da vinda de Cristo?
4) Alguns dizem: “Que essa paz habite em nossos corações até a vinda de Cristo”. Quando Ele voltar, a paz deixará de existir em nossos coraçoes?
5) Onde está escrito que houve no céu silêncio por meia hora?
Parecem coisas pequenas, mas são muito importantes para mim; alguns jovens me perguntam. Gostaria de ter a resposta certa.
Josedson Santos
Pastor Ciro responde:
Caro Joedson,
Agradeço-lhe pelas palavras de incentivo. São palavras como as suas que me estimulam a continuar escrevendo.
1) Não gosto da forma “Que Deus possa te abencoar”, pois o verbo “poder”, nesse caso, serve apenas e tão-somente como uma “muleta”, além de gerar certa dubiedade. É melhor sermos objetivos: “Deus te abençoe”. Na oração, o emprego desse “possa” também é dispensável. “Senhor, que tu possas abençoar o teu povo”. Ora, é muito mais simples dizer: “Senhor, abençoa o teu povo”.
2) Creio que o texto que menciona o fato de sermos servidos pelo Senhor, ou o que mais se aproxima dessa descrição, é Lucas 22.30: “para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel” (grifo meu). Como o Senhor Jesus disse isso durante a Ceia, enquanto servia os seus discípulos, infere-se que isso ocorrerá no Céu, mas em outra dimensão, inimaginável, haja vista nada deste mundo ser comparável com “... a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18).
3) Em Mateus 24.3 a pergunta dos discípulos foi tríplice e ensejou uma resposta igualmente tríplice: “... quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” O Senhor Jesus, portanto, mencionou acontecimentos próximos, como a destruição de Jerusalém, em 70 d.C., bem como sinais relativos ao Arrebatamento, à sua Manifestação e ao fim do mundo. Por exemplo, o versículo 14 não se refere a um sinal do Arrebatamento: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo... e então virá o fim” (grifo meu). Quem pensa, pois, que o Senhor só voltará depois de todo o mundo ter sido evangelizado está enganado. Essa evangelização em massa ocorrerá por ocasião do Milênio, que antecede o fim do mundo.
4) O fato de alguém dizer “Que essa paz habite em nossos corações até a vinda de Cristo” não significa que, após o Arrebatamento, não teremos paz. Pelo contrário, experimentaremos a paz no seu mais alto grau, posto que não mais estaremos sujeitos às provações e angústias deste mundo (2 Co 4.17; Rm 8.18). Creio que o emprego da frase em apreço ocorra com a intenção de estimular os crentes a permanecerem firmes enquanto estiverem neste mundo (Ap 2.10; 3.11; Mt 24.13).
5) O texto de Apocalipse 8.1, na verdade, diz: “E, havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora” (grifo meu). A menção desse silêncio evidencia que haverá grande pavor, espanto, horror diante dos julgamentos vindouros contra o pecado, pois a abertura do sétimo selo dá início a juízos mais severos da parte de Deus sobre os adoradores da Besta.
Que a paz do Deus, que excede todo o entendimento, guarde o seu coração até a vinda do Senhor!
CSZ
Pastor Ciro, tenho lido seus livros Erros que os Pregadores Devem Evitar e Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria. Aproveito para parabenizá-lo por tamanha propriedade no assunto. Gostaria que você me tirasse algumas dúvidas, por favor.
1) É correto dizer: “Que Deus possa te abencoar”, como se Ele não pudesse?
2) Onde está escrito que no céu Jesus nos servirá?
3) Os sinais de Mateus 24 são sinais para o Arrebatamento ou para segunda fase da vinda de Cristo?
4) Alguns dizem: “Que essa paz habite em nossos corações até a vinda de Cristo”. Quando Ele voltar, a paz deixará de existir em nossos coraçoes?
5) Onde está escrito que houve no céu silêncio por meia hora?
Parecem coisas pequenas, mas são muito importantes para mim; alguns jovens me perguntam. Gostaria de ter a resposta certa.
Josedson Santos
Pastor Ciro responde:
Caro Joedson,
Agradeço-lhe pelas palavras de incentivo. São palavras como as suas que me estimulam a continuar escrevendo.
1) Não gosto da forma “Que Deus possa te abencoar”, pois o verbo “poder”, nesse caso, serve apenas e tão-somente como uma “muleta”, além de gerar certa dubiedade. É melhor sermos objetivos: “Deus te abençoe”. Na oração, o emprego desse “possa” também é dispensável. “Senhor, que tu possas abençoar o teu povo”. Ora, é muito mais simples dizer: “Senhor, abençoa o teu povo”.
2) Creio que o texto que menciona o fato de sermos servidos pelo Senhor, ou o que mais se aproxima dessa descrição, é Lucas 22.30: “para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel” (grifo meu). Como o Senhor Jesus disse isso durante a Ceia, enquanto servia os seus discípulos, infere-se que isso ocorrerá no Céu, mas em outra dimensão, inimaginável, haja vista nada deste mundo ser comparável com “... a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18).
3) Em Mateus 24.3 a pergunta dos discípulos foi tríplice e ensejou uma resposta igualmente tríplice: “... quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” O Senhor Jesus, portanto, mencionou acontecimentos próximos, como a destruição de Jerusalém, em 70 d.C., bem como sinais relativos ao Arrebatamento, à sua Manifestação e ao fim do mundo. Por exemplo, o versículo 14 não se refere a um sinal do Arrebatamento: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo... e então virá o fim” (grifo meu). Quem pensa, pois, que o Senhor só voltará depois de todo o mundo ter sido evangelizado está enganado. Essa evangelização em massa ocorrerá por ocasião do Milênio, que antecede o fim do mundo.
4) O fato de alguém dizer “Que essa paz habite em nossos corações até a vinda de Cristo” não significa que, após o Arrebatamento, não teremos paz. Pelo contrário, experimentaremos a paz no seu mais alto grau, posto que não mais estaremos sujeitos às provações e angústias deste mundo (2 Co 4.17; Rm 8.18). Creio que o emprego da frase em apreço ocorra com a intenção de estimular os crentes a permanecerem firmes enquanto estiverem neste mundo (Ap 2.10; 3.11; Mt 24.13).
5) O texto de Apocalipse 8.1, na verdade, diz: “E, havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora” (grifo meu). A menção desse silêncio evidencia que haverá grande pavor, espanto, horror diante dos julgamentos vindouros contra o pecado, pois a abertura do sétimo selo dá início a juízos mais severos da parte de Deus sobre os adoradores da Besta.
Que a paz do Deus, que excede todo o entendimento, guarde o seu coração até a vinda do Senhor!
CSZ
Pecado para a morte
Luciana Sanches de Castro pergunta:
Graça e Paz Pastor Ciro.
Eu tenho uma dúvida em 1 João 5.16 e 17. Não entendi o que é pecado para morte. Será que o senhor poderia me explicar?
Obrigada.
Pastor Ciro responde:
Olá, Luciana!
Na Bíblia são mencionados os pecados que são para morte e os que não são para morte. Todo pecado é transgressão diante de Deus, mas nem todo pecado é igual aos olhos de Deus. O pecado tem gradação, como se vê nas seguintes expressões bíblicas: “grande pecado” (Êx 32.30,31; 1 Sm 2.17; Sl 25.11; Am 5.12); “maior pecado” (Jo 19.11); “muito grande pecado” (1 Sm 2.17; 2 Sm 24.10 com 1 Cr 21.8,17); “muitos pecados” (Lc 7.47); “multidão de pecados” e “multiplicar pecados” (Ez 16.51; Os 13.2; Tg 5.20).
O pecado para morte (1 Jo 5.16), dependendo de sua gradação, traz como conseqüências: sofrimentos, morte espiritual, morte física e até perdição eterna. São, na verdade, tipos de pecado que levam o seu praticante à morte física prematura, como: desobediência deliberada (1 Rs 13.26); incesto (1 Co 5.5); murmuração (1 Co 10.5); profanação (1 Co 11.29-32); desvio (Jr 16.5,6); tentar a Deus (Nm 14.29,32,35; 18.22; 27.12-14); falsidade (At 5.10); rebeldia, não a momentânea, mas como estado (Ef 6.3), etc.
Esse tipo de pecado, como um estado, envolve transgressão e desobediência deliberadas, continuadas, conscientes. Os praticantes desse tipo de pecado estão mortos espiritualmente e somente poderão receber a vida caso se arrependam de verdade. E o verdadeiro arrependimento envolve intelecto, sentimento e vontade. O arrependimento de Judas, por exemplo, foi incompleto, posto que envolveu apenas a parte sentimental e possivelmente a intelectual, não resultando em ação, como no caso de Pedro. Na parábola dos dois filhos (Lc 15) vemos que o filho pródigo teve um arrependimento completo.
Quando ao que diz a Palavra de Deus sobre não orar pelos que pecam para a morte (1 Jo 5.17), isso não quer dizer que não devamos interceder por essas pessoas — pois o crente deve orar até pelos seus inimigos (Mt 5.44; Sl 109.4) —, mas somente que não haverá certeza de uma resposta. Isso porque o Senhor respeita o livre-arbítrio (2 Cr 15.2; 26.5; 1 Sm 2.30).
Vale ressaltar que qualquer pecado, mesmo perdoado, não nos exime dos seus maus efeitos, das suas conseqüências; do seu castigo aqui (Sl 99.8; Nm 14.19-23). O perdão de Deus nos exime da condenação como filhos de Deus, porém o castigo aqui tem a ver com o nosso aprendizado espiritual aqui; há crentes que só aprendem “apanhando”. E mais: o tempo não apaga, não desfaz o pecado. Lembra-se da atitude do copeiro que teve o sonho interpretado por José? “Então, falou o copeiro-mor a Faraó, dizendo: Dos meus pecados me lembro hoje” (Gn 41.9). Medite também em 2 Coríntios 12.21.
A paz do Senhor!
CSZ
Graça e Paz Pastor Ciro.
Eu tenho uma dúvida em 1 João 5.16 e 17. Não entendi o que é pecado para morte. Será que o senhor poderia me explicar?
Obrigada.
Pastor Ciro responde:
Olá, Luciana!
Na Bíblia são mencionados os pecados que são para morte e os que não são para morte. Todo pecado é transgressão diante de Deus, mas nem todo pecado é igual aos olhos de Deus. O pecado tem gradação, como se vê nas seguintes expressões bíblicas: “grande pecado” (Êx 32.30,31; 1 Sm 2.17; Sl 25.11; Am 5.12); “maior pecado” (Jo 19.11); “muito grande pecado” (1 Sm 2.17; 2 Sm 24.10 com 1 Cr 21.8,17); “muitos pecados” (Lc 7.47); “multidão de pecados” e “multiplicar pecados” (Ez 16.51; Os 13.2; Tg 5.20).
O pecado para morte (1 Jo 5.16), dependendo de sua gradação, traz como conseqüências: sofrimentos, morte espiritual, morte física e até perdição eterna. São, na verdade, tipos de pecado que levam o seu praticante à morte física prematura, como: desobediência deliberada (1 Rs 13.26); incesto (1 Co 5.5); murmuração (1 Co 10.5); profanação (1 Co 11.29-32); desvio (Jr 16.5,6); tentar a Deus (Nm 14.29,32,35; 18.22; 27.12-14); falsidade (At 5.10); rebeldia, não a momentânea, mas como estado (Ef 6.3), etc.
Esse tipo de pecado, como um estado, envolve transgressão e desobediência deliberadas, continuadas, conscientes. Os praticantes desse tipo de pecado estão mortos espiritualmente e somente poderão receber a vida caso se arrependam de verdade. E o verdadeiro arrependimento envolve intelecto, sentimento e vontade. O arrependimento de Judas, por exemplo, foi incompleto, posto que envolveu apenas a parte sentimental e possivelmente a intelectual, não resultando em ação, como no caso de Pedro. Na parábola dos dois filhos (Lc 15) vemos que o filho pródigo teve um arrependimento completo.
Quando ao que diz a Palavra de Deus sobre não orar pelos que pecam para a morte (1 Jo 5.17), isso não quer dizer que não devamos interceder por essas pessoas — pois o crente deve orar até pelos seus inimigos (Mt 5.44; Sl 109.4) —, mas somente que não haverá certeza de uma resposta. Isso porque o Senhor respeita o livre-arbítrio (2 Cr 15.2; 26.5; 1 Sm 2.30).
Vale ressaltar que qualquer pecado, mesmo perdoado, não nos exime dos seus maus efeitos, das suas conseqüências; do seu castigo aqui (Sl 99.8; Nm 14.19-23). O perdão de Deus nos exime da condenação como filhos de Deus, porém o castigo aqui tem a ver com o nosso aprendizado espiritual aqui; há crentes que só aprendem “apanhando”. E mais: o tempo não apaga, não desfaz o pecado. Lembra-se da atitude do copeiro que teve o sonho interpretado por José? “Então, falou o copeiro-mor a Faraó, dizendo: Dos meus pecados me lembro hoje” (Gn 41.9). Medite também em 2 Coríntios 12.21.
A paz do Senhor!
CSZ
Dízimo é coisa do passado?
Luiz Carlos Nunes pergunta:
Vou lhe fazer um questionamento. Sendo o assunto muito delicado, creio que ficará receoso de falar abertamente. Mas, vamos lá! Conto com a sua sinceridade, e a sua resposta ficará comigo. Deletarei o e-mail após lê-lo; esta é a palavra de um cristão.
Qual é a base bíblica para a cobrança do dizímo no Novo Testamento, pois se o sábado era antes da lei e foi abolido, por que o dizimo que foi antes da lei também não foi abolido? Sou dizimista fiel e não pretendo parar de dizimar, pois creio estar semeando no Reino de Deus. Apenas quero estar ciente das coisas.
Luiz Carlos
Pastor Ciro responde:
Prezado irmão Luiz Carlos,
A paz do Senhor!
Resolvi publicar a sua pergunta aqui porque não vejo motivos para tratarmos do assunto em pauta de maneira sigilosa. Nesses últimos dias, muitas verdades da Palavra de Deus vêm sendo abandonadas, enquanto outras, conquanto extrabíblicas, apresentadas como verdadeiras. É o caso do pensamento, que a cada dia ganha novos adeptos, de que o dízimo é coisa do passado.
Ora, ainda que ofertar e dar o dízimo sejam atos voluntários, e não meios de chantagem ou negociação com Deus, não há dúvidas de que também são mandamentos com promessas para o crente, hoje. Se não há muita ênfase ao dízimo no Novo Testamento, também não existem passagens desaprovando esse tipo de contribuição. E, nesse caso, os mandamentos veterotestamentários, conquanto tenham sido dirigidos especificamente a Israel, revestem-se de importância e aplicam-se a nós, como demonstra a Epístola aos Hebreus. Afinal, tudo quanto dantes foi escrito, para o nosso ensino foi escrito (Rm 15.4).
Não é só o Antigo Testamento, como muitos pensam, que apresenta o dízimo como uma obrigação do crente, conquanto não devamos contribuir por obrigação, e sim espontaneamente (Êx 25.2; Ml 3.8-10). Jesus referiu-se ao dízimo como sendo um dever quando disse aos fariseus: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas” (Mt 23.23, grifo meu).
Alguém argumentará: “De acordo com a Hermenêutica, um único versículo não pode servir de base para uma doutrina”. Bem, procura-se quem inventou essa falácia! Com certeza, não é um professor de Hermenêutica temente a Deus o autor dessa equivocada regra. Afinal, o que o Senhor disse é verdade. E ponto final. Se Ele disse que é dever valorizar o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia, a fé e o dízimo, cabe a nós atentar para isso, e não para os que não querem andar segundo as Escrituras.
Em Cristo,
CSZ
Vou lhe fazer um questionamento. Sendo o assunto muito delicado, creio que ficará receoso de falar abertamente. Mas, vamos lá! Conto com a sua sinceridade, e a sua resposta ficará comigo. Deletarei o e-mail após lê-lo; esta é a palavra de um cristão.
Qual é a base bíblica para a cobrança do dizímo no Novo Testamento, pois se o sábado era antes da lei e foi abolido, por que o dizimo que foi antes da lei também não foi abolido? Sou dizimista fiel e não pretendo parar de dizimar, pois creio estar semeando no Reino de Deus. Apenas quero estar ciente das coisas.
Luiz Carlos
Pastor Ciro responde:
Prezado irmão Luiz Carlos,
A paz do Senhor!
Resolvi publicar a sua pergunta aqui porque não vejo motivos para tratarmos do assunto em pauta de maneira sigilosa. Nesses últimos dias, muitas verdades da Palavra de Deus vêm sendo abandonadas, enquanto outras, conquanto extrabíblicas, apresentadas como verdadeiras. É o caso do pensamento, que a cada dia ganha novos adeptos, de que o dízimo é coisa do passado.
Ora, ainda que ofertar e dar o dízimo sejam atos voluntários, e não meios de chantagem ou negociação com Deus, não há dúvidas de que também são mandamentos com promessas para o crente, hoje. Se não há muita ênfase ao dízimo no Novo Testamento, também não existem passagens desaprovando esse tipo de contribuição. E, nesse caso, os mandamentos veterotestamentários, conquanto tenham sido dirigidos especificamente a Israel, revestem-se de importância e aplicam-se a nós, como demonstra a Epístola aos Hebreus. Afinal, tudo quanto dantes foi escrito, para o nosso ensino foi escrito (Rm 15.4).
Não é só o Antigo Testamento, como muitos pensam, que apresenta o dízimo como uma obrigação do crente, conquanto não devamos contribuir por obrigação, e sim espontaneamente (Êx 25.2; Ml 3.8-10). Jesus referiu-se ao dízimo como sendo um dever quando disse aos fariseus: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas” (Mt 23.23, grifo meu).
Alguém argumentará: “De acordo com a Hermenêutica, um único versículo não pode servir de base para uma doutrina”. Bem, procura-se quem inventou essa falácia! Com certeza, não é um professor de Hermenêutica temente a Deus o autor dessa equivocada regra. Afinal, o que o Senhor disse é verdade. E ponto final. Se Ele disse que é dever valorizar o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia, a fé e o dízimo, cabe a nós atentar para isso, e não para os que não querem andar segundo as Escrituras.
Em Cristo,
CSZ
Envolvimento homossexual
S. pergunta:
A paz do Senhor, reverendo Ciro. Tive recentemente um envolvimento com uma pessoa do mesmo sexo que eu. Meus pais não podem saber desse acontecido, mas já acabou, graças à Deus. Quero saber o que fazer para tirar esse peso do meu coração. Tenho 15 anos. E sou evangélica. Aguardo a resposta. Amei o seu livro Adolescente S/A.
Até breve.
Pastor Ciro responde:
Prezada S.,
A paz do Senhor!
Não precisa me chamar de reverendo (risos). Agradeço-lhe pela menção ao livro Adolescentes S/A. Fico feliz a cada e-mail que recebo de pessoas como você, pois é maravilhoso saber que tenho conseguido falar a líderes, obreiros, pregadores e também a jovens e adolescentes. Isso é difícil, pois sempre temos facilidade de falar a um tipo de público específico ou a públicos com características semelhantes, e, no meu caso, tenho conseguido, por meio da escrita, atingir a públicos distintos. Glória a Deus!
Você diz que recentemente teve um envolvimento com uma pessoa do mesmo sexo e dá a entender que foi um envolvimento pecaminoso, pois, do contrário, não haveria necessidade de escondê-lo de seus pais. Bem, não quero que pense que sou muito ingênuo para não ler o que está nas entrelinhas, mas nem todo relacionamento entre pessoas do mesmo sexo é pecaminoso. Você já leu sobre Davi e Jônatas? O amor que os unia era tão grande (1 Sm 20), a ponto de muitos hoje, por não conhecerem os princípios da Palavra de Deus, apressarem-se a dizer que eles tiveram um envolvimento homossexual.
No seu caso, além de querer esconder o ocorrido de seus pais, você sente um peso em seu coração. Mesmo eu não sabendo exatamente o que ocorreu, sou levado a pensar que vocês mantiveram uma relação íntima, proibida, e nesse caso vocês realmente pecaram contra Deus. Por outro lado, vejo que você está muito arrependida, desejosa de esquecer-se do que fez e nunca mais praticá-lo. Se é isso, menina, você está agindo corretamente.
Não pense que eu vou lhe dizer que o seu pecado foi leve, que isso é coisa de adolescente, etc. É claro que, aos 15 anos, alguns parafusos ainda estão meio soltos, reconheço, mas você já tem plena consciência do que faz e deve ser responsável por seus atos. Não vou discorrer sobre o pecaminoso relacionamento homossexual, à luz da Bíblia, pois você mesma reconhece que pecou. E você pecou conscientemente, o que, de certa forma, qualifica o seu erro.
Que você cometeu um grande erro, isso tenho de lhe dizer. Mas eu também devo lhe dizer que o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado (1 Jo 1.7). A Palavra de Deus assevera que o Senhor Jesus é o nosso Advogado (1 Jo 2.1). Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 Jo 1.9). E o conselho final que lhe dou — na verdade, não é um conselho meu, e sim da Palavra de Deus — é que confesse o seu pecado e o abandone de uma vez por todas (se é que ainda não o abandonou), firmando-se no Senhor (Pv 28.13; Ef 6.10). Só assim você terá um bom futuro.
O Senhor perdoa, esquecendo-se definitivamente dos nossos pecados, posto que os desfaz como a névoa e os lança nas profundezas do mar (Is 38.17; 43.25; Mq 7.19). Porém, num dos textos citados acima, está escrito: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13). Lembre-se de que Deus ouve a nossa confissão, mas a nossa vitória ocorre mesmo quando fazemos a nossa parte (Tg 4.8).
Que o Senhor Jesus guarde o seu coração.
CSZ
A paz do Senhor, reverendo Ciro. Tive recentemente um envolvimento com uma pessoa do mesmo sexo que eu. Meus pais não podem saber desse acontecido, mas já acabou, graças à Deus. Quero saber o que fazer para tirar esse peso do meu coração. Tenho 15 anos. E sou evangélica. Aguardo a resposta. Amei o seu livro Adolescente S/A.
Até breve.
Pastor Ciro responde:
Prezada S.,
A paz do Senhor!
Não precisa me chamar de reverendo (risos). Agradeço-lhe pela menção ao livro Adolescentes S/A. Fico feliz a cada e-mail que recebo de pessoas como você, pois é maravilhoso saber que tenho conseguido falar a líderes, obreiros, pregadores e também a jovens e adolescentes. Isso é difícil, pois sempre temos facilidade de falar a um tipo de público específico ou a públicos com características semelhantes, e, no meu caso, tenho conseguido, por meio da escrita, atingir a públicos distintos. Glória a Deus!
Você diz que recentemente teve um envolvimento com uma pessoa do mesmo sexo e dá a entender que foi um envolvimento pecaminoso, pois, do contrário, não haveria necessidade de escondê-lo de seus pais. Bem, não quero que pense que sou muito ingênuo para não ler o que está nas entrelinhas, mas nem todo relacionamento entre pessoas do mesmo sexo é pecaminoso. Você já leu sobre Davi e Jônatas? O amor que os unia era tão grande (1 Sm 20), a ponto de muitos hoje, por não conhecerem os princípios da Palavra de Deus, apressarem-se a dizer que eles tiveram um envolvimento homossexual.
No seu caso, além de querer esconder o ocorrido de seus pais, você sente um peso em seu coração. Mesmo eu não sabendo exatamente o que ocorreu, sou levado a pensar que vocês mantiveram uma relação íntima, proibida, e nesse caso vocês realmente pecaram contra Deus. Por outro lado, vejo que você está muito arrependida, desejosa de esquecer-se do que fez e nunca mais praticá-lo. Se é isso, menina, você está agindo corretamente.
Não pense que eu vou lhe dizer que o seu pecado foi leve, que isso é coisa de adolescente, etc. É claro que, aos 15 anos, alguns parafusos ainda estão meio soltos, reconheço, mas você já tem plena consciência do que faz e deve ser responsável por seus atos. Não vou discorrer sobre o pecaminoso relacionamento homossexual, à luz da Bíblia, pois você mesma reconhece que pecou. E você pecou conscientemente, o que, de certa forma, qualifica o seu erro.
Que você cometeu um grande erro, isso tenho de lhe dizer. Mas eu também devo lhe dizer que o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado (1 Jo 1.7). A Palavra de Deus assevera que o Senhor Jesus é o nosso Advogado (1 Jo 2.1). Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 Jo 1.9). E o conselho final que lhe dou — na verdade, não é um conselho meu, e sim da Palavra de Deus — é que confesse o seu pecado e o abandone de uma vez por todas (se é que ainda não o abandonou), firmando-se no Senhor (Pv 28.13; Ef 6.10). Só assim você terá um bom futuro.
O Senhor perdoa, esquecendo-se definitivamente dos nossos pecados, posto que os desfaz como a névoa e os lança nas profundezas do mar (Is 38.17; 43.25; Mq 7.19). Porém, num dos textos citados acima, está escrito: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13). Lembre-se de que Deus ouve a nossa confissão, mas a nossa vitória ocorre mesmo quando fazemos a nossa parte (Tg 4.8).
Que o Senhor Jesus guarde o seu coração.
CSZ
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