Alguns irmãos estão me perguntando se um membro da igreja ou um obreiro que não tenha um título ministerial (como pastor ou presbítero) pode batizar alguém em águas. Tais irmãos, como exemplo, fizeram menção de um recente programa evangélico de TV em que um eminente cristão assembleiano, que não é pastor, supostamente realiza um batismo em águas, no Rio de Janeiro.
Pastor Ciro responde:
Não vi o tal programa para poder opinar sobre o episódio. Mas, mesmo sem tê-lo assistido, não considero o batismo feito por um membro — se é que ele ocorreu mesmo — uma questão tão relevante assim, a ponto de gerar grandes discussões sobre o assunto. Eu a classificaria como uma questiúncula.
Reconheço que não é usual e comum um membro batizar outro membro. Também não é usual e comum um diácono batizar novos convertidos, ainda que Filipe, um dos sete primeiros diáconos da igreja primitiva (At 6.3-5), certamente designado pelos apóstolos, tenha feito isso: “Então mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco” (At 8.38, ARA). Aliás, não é usual e comum nem o pastor de uma congregação batizar! Na Assembleia de Deus em São Paulo (Ministério do Belém), por exemplo, quem batiza geralmente são alguns (dentre mais de cinquenta) pastores setoriais, designados pelo pastor-presidente.
Repito: não é usual e comum membros batizarem membros, mas existem exceções. E a própria Bíblia mostra o caso de Filipe, um diácono, batizando. O usual e comum, como se depreende de Atos 2, era que somente os apóstolos batizassem. E, ao que tudo indica, eles autorizavam outros obreiros, de escalão menor (diáconos, obreiros sem título; se bem obreiro não deixa de ser um título!), por assim dizer, a batizar em águas.
Outro exemplo de exceção nas Assembleias de Deus brasileiras: de maneira geral — sobretudo nas igrejas cujos pastores são ligados à CGADB —, não existem pastoras. Entretanto, por exceção à regra, mulheres missionárias acabam fazendo coisas que são atribuições de ministros (pastores, presbíteros, etc.).
Muitos se apegam à Grande Comissão — “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado” (Mt 28.19,20, ARA) — para afirmar que somente o pastor pode batizar, uma vez que a ordenança do batismo foi dada aos apóstolos. Mas é importante atentarmos para o seguinte: os apóstolos constituíam a igreja nascente e a representavam como um todo, naquele momento. Caso contrário, somente os pastores poderiam pregar o evangelho e ensinar a Palavra de Deus!
Se todos os cristãos podem ir por todo o mundo e pregarem o evangelho a toda a criatura (Mc 16.15-18); se todos eles podem ir e ensinar todos os povos (Mt 28.19); por que todos eles não podem batizar os neoconversos em nome do Pai, em nome do Filho e em nome do Espírito Santo?
Diante do exposto, mesmo não tendo assistido ainda ao vídeo em que o eminente membro das Assembleias de Deus — que é um obreiro, mas sem título pomposo — batiza, supostamente, um neoconverso, não considero isso uma heresia ou um erro, principalmente porque ele não deve ter feito isso a bel-prazer, e sim sob a orientação de sua liderança eclesiástica.
Em Cristo,
CSZ
Pastor Ciro responde:
Não vi o tal programa para poder opinar sobre o episódio. Mas, mesmo sem tê-lo assistido, não considero o batismo feito por um membro — se é que ele ocorreu mesmo — uma questão tão relevante assim, a ponto de gerar grandes discussões sobre o assunto. Eu a classificaria como uma questiúncula.
Reconheço que não é usual e comum um membro batizar outro membro. Também não é usual e comum um diácono batizar novos convertidos, ainda que Filipe, um dos sete primeiros diáconos da igreja primitiva (At 6.3-5), certamente designado pelos apóstolos, tenha feito isso: “Então mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco” (At 8.38, ARA). Aliás, não é usual e comum nem o pastor de uma congregação batizar! Na Assembleia de Deus em São Paulo (Ministério do Belém), por exemplo, quem batiza geralmente são alguns (dentre mais de cinquenta) pastores setoriais, designados pelo pastor-presidente.
Repito: não é usual e comum membros batizarem membros, mas existem exceções. E a própria Bíblia mostra o caso de Filipe, um diácono, batizando. O usual e comum, como se depreende de Atos 2, era que somente os apóstolos batizassem. E, ao que tudo indica, eles autorizavam outros obreiros, de escalão menor (diáconos, obreiros sem título; se bem obreiro não deixa de ser um título!), por assim dizer, a batizar em águas.
Outro exemplo de exceção nas Assembleias de Deus brasileiras: de maneira geral — sobretudo nas igrejas cujos pastores são ligados à CGADB —, não existem pastoras. Entretanto, por exceção à regra, mulheres missionárias acabam fazendo coisas que são atribuições de ministros (pastores, presbíteros, etc.).
Muitos se apegam à Grande Comissão — “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado” (Mt 28.19,20, ARA) — para afirmar que somente o pastor pode batizar, uma vez que a ordenança do batismo foi dada aos apóstolos. Mas é importante atentarmos para o seguinte: os apóstolos constituíam a igreja nascente e a representavam como um todo, naquele momento. Caso contrário, somente os pastores poderiam pregar o evangelho e ensinar a Palavra de Deus!
Se todos os cristãos podem ir por todo o mundo e pregarem o evangelho a toda a criatura (Mc 16.15-18); se todos eles podem ir e ensinar todos os povos (Mt 28.19); por que todos eles não podem batizar os neoconversos em nome do Pai, em nome do Filho e em nome do Espírito Santo?
Diante do exposto, mesmo não tendo assistido ainda ao vídeo em que o eminente membro das Assembleias de Deus — que é um obreiro, mas sem título pomposo — batiza, supostamente, um neoconverso, não considero isso uma heresia ou um erro, principalmente porque ele não deve ter feito isso a bel-prazer, e sim sob a orientação de sua liderança eclesiástica.
Em Cristo,
CSZ