Vários internautas perguntam:
O cristão pode ter árvore de Natal em casa? E, quanto à exposição das crianças à figura pagã de papai Noel?
Pastor Ciro responde:
Amados internautas, confesso que eu tenho evitado essas questões de papai Noel e árvore de Natal neste blog, haja vista ser um assunto que pode fazer um neófito pôr tudo a perder, deixando de considerar outros valiosos assuntos constantes deste espaço. Mas, em razão da insistência de vários irmãos, resolvi fazer algumas considerações.
Em Eclesiastes 7.16,17 vemos que não devemos ser nem demasiadamente justos nem demasiadamente ímpios. Isso indica que a Palavra de Deus não exige de nós uma santificação inatingível ou impossível de ser praticada. Ao mesmo tempo, está implícito que não nos é vedado o entretenimento, desde que feito com moderação. Essa é a explicação mais plausível para a frase “não sejas demasiadamente ímpio”. Podemos, pois, desfrutar de certos prazeres, como ir ao shopping com a família, participar de festas, etc., sem que nos contaminemos.
De acordo com os princípios contidos em 1 Coríntios 6.12; 10.23,31, tudo nos é lícito, porém temos de ter maturidade para não nos contaminarmos com o mundo. É claro que papai Noel e árvore de Natal estão atrelados, em sua origem, ao paganismo. Mas nenhum crente em Jesus Cristo põe uma árvore de Natal em sua casa em louvor a ídolos. Presume-se que um cristão tenha o mínimo de maturidade para entender que a árvore se trata apenas de um símbolo natalino, empregado em todo mundo dito cristão.
Não podemos confundir a origem pagã com o uso hodierno. Caso contrário, teremos de proibir o vestido de noiva, o bolo de aniversário, etc. É claro que não ignoramos o fato de haver muito de paganismo na festa de Natal; também estamos cientes de que as pessoas do mundo estão cada vez mais distantes da centralidade do Natal: Jesus Cristo, o Salvador do mundo. Por outro lado, discriminar um irmão que tem uma árvore de Natal em casa ou proibir uma criança de admirar o chamado bom velhinho, num shopping center, são atitudes extremadas.
Quais são as únicas pessoas que, de fato, acreditam em papai Noel? As inocentes crianças. E de nada adianta os pais quererem proibi-las desse encantamento natural, que, aliás, não se dá apenas em relação ao Noel. Elas ficam encantadas com todo e qualquer boneco, palhaço, etc. Isso é coisa de criança.
Tudo nessa época do ano gira em torno de enfeites coloridos, com desenhos de papai Noel, árvores de Natal, etc. Caso os pais sejam extremistas, terão de proibir as crianças também de ir a shopping center, freqüentar aulas a partir de novembro, assistir a desenhos animados que mencionem papai Noel ou árvores de Natal, etc. Seria mesmo saudável impedir os infantes de terem esse contato com o mundo da fantasia, própria desse período da vida? Por outro lado, será que esses pais, preocupados com essa questiuncla, têm ensinado seus filhos em casa (Dt 6.7) e os levado à Escola Bíblica Dominical?
O que disse Paulo, em 1 Coríntios 13.11? “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino”. Ou seja, nenhuma pessoa, depois de atingir a fase adulta, continua acreditando em papai Noel. Por que, então, os pais vão tirar essa alegria única da criança? Isso, psicologicamente, as prejudicará, tornando-as tristes, enquanto os seus coleguinhas vão estar se alegrando com as cores e novidades do Natal! Vale a pena ser tão inflexível?
Geralmente, crentes extremistas que verberam contra papai Noel e árvores de Natal são os mesmos que, inconscientemente, louvam ao “deus papai Noel”. Por quê? Porque só vão aos templos para receber, receber, receber... Não vão ao culto para adorar a Deus, mas comportam-se como se o Senhor fosse o bom velhinho do Pólo Norte, que entra no templo com um saco de presentes nas costas... Nunca dizem: “Hoje estou aqui para adorar a Jesus”. O seu pensamento é: “Hoje eu vim receber a minha bênção”.
E eu pergunto, amados internautas, o que é pior: montar uma árvore de Natal em casa ou ter um conceito errado acerca de Deus, pensando que Ele é um papai Noel?
CSZ
Compromisso com a Palavra de Deus e com o Deus da Palavra (Ciro Sanches Zibordi)
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Mais sobre orar no monte
Pastor Ismael Andrade disse:
Graça e Paz, pastor Ciro. Gostaria de dizer que todos têm o direito de aceitar ou recusar subir o monte; posso dizer que realmente existe muito exagero por parte dos que vão a esse local. Mas acredito que às vezes um comportamento da natureza extrema ao qual ocorre nos montes não vem a atrapalhar a vida espiritual, desde que essa atitude não venha a tomar o lugar de Deus, pois Deus não divide sua glória com ninguém.
Temos relatos bíblicos que, diante de nossas pessoas, na atualidade poderiam nos chocar, tais como o rei Davi, que despiu-se e dançou diante do seu povo, e foi agradável a Deus; outro maior relato bíblico foi registrado em Atos: todos que foram cheios do poder de Deus andavam como se fossem bêbados, e sabemos que um pessoa bêbada não anda muito certinho, e sim tombando. Acredito que tudo dever ter ordem e uma ética, pois todo profeta está sujeito ao espírito. Se Deus ministrar algo em meu coração, eu posso muito bem falar normalmente, sem gritar, rodar, esbofetear o ar ou até mesmo alguém, para entregar a mensagem.
O sentido de subir ao monte é nada mais nada menos que buscar a Deus em um lugar diferente, podendo ser em uma praia, em uma fazenda, em uma árvore, em uma caverna. É apenas uma atitude espontânea de buscar a Deus. Cada um tem a sua maneira especial e particular de expressar o desejo de buscar a Deus; apenas não devemos mistificar com gestos e ações que não passam apenas de atos carnais. Não posso julgar o que cada um faz, mas posso não aceitar como normal. O Deus todo poderoso é quem vai indicar se são sinceras ou falsas as atitudes nos montes. Eu em particular já fui buscar mais de Deus nos montes e gosto muito disso; as meninices existem de fato, mas a minha atitude diante de Deus é que faz a diferença. Em todo lugar é tempo de buscar mais do Senhor Jesus.
Pastor Ismael Andrade.
Pastor Ciro responde:
Caro pastor Ismael,
Em primeiro lugar, que as bênçãos do Natal sejam derramadas sobre a sua vida. Agradeço-lhe pelas suas considerações, conquanto o irmão esteja um tanto equivocado.
Eu não tenho nada contra orar em montes ou vales, desde que as condições para isso sejam favoráveis. Sou contra o misticismo que ora prevalece no meio evangélico. Creio no poder de Deus, mas a Palavra do Senhor não avaliza o misticismo. E há muito misticismo em torno de orações em montes.
Jesus disse que a sua Casa (na ocasião, o Templo) é Casa de oração e também ensinou que devemos orar em nossa casa, a sós, como vemos nos Evangelhos. Não vemos também a igreja primitiva orando em montes. Leia Atos, principalmente os capítulos 1 a 13, e constatará que todos os cristãos oravam no templo e nas casas, e não em montes.
Por que o Senhor Jesus orou no monte? Porque não havia lugares para Ele ficar a sós com Deus. Era grande a pressão do povo sobre Ele. Só por isso optou por orar no monte. Mas lembre-se de que Jesus também orou no deserto. Por quê? Queria ficar a sós com Deus.
Jesus nunca incentivou a idéia mística que há em torno dos montes. Mas eu me posiciono contra orar em montes ou no meio do mato, ainda, em razão da falta de segurança. Já soube de irmãs que foram violentadas em montes e de irmãos que foram assaltados. E aqui no Rio de Janeiro, há alguns anos, um jovem foi atingido por um raio e morreu. "Ah, foi plano de Deus", alguém dirá. No entanto, a Palavra de Deus afirma que podemos morrer fora do tempo (Ec 7; Ef 6.1-3, etc.).
O irmão citou exemplos isolados, que em nada abonam o costume de orar em montes. Davi dançou ao comemorar uma vitória. Mas isso não significa que podemos fazer o que quisermos hoje, posto que fazemos parte da Igreja neotestamentária, cujo culto coletivo tem sim princípios que o regem (1 Co 12 a 14, etc). Ademais, o gesto do rei Davi foi patriótico. Ele jamais dançou na casa de Deus. Inclusive, junto com Asafe, estabeleceu o culto coletivo, na época, e não pôs dançarinos ou coreógrafos na Casa de Deus ou em reuniãos solenes.
Quanto à sua interpretação de Atos 2, com todo o respeito, ela é para lá de exagerada, pois o povo de Deus foi tido como embriagado devido às línguas estranhas pronunciadas, e não em razão de andarem cambaleantes ou coisa parecida. A Palavra de Deus é clara quanto ao culto pentecostal, que deve ter ordem e decência (1 Co 14). Em tempo, eu também já orei em montes e, epecialmente, no Vale da Bênção, em Araçariguama, São Paulo, um lugar agradabilíssimo, seguro e tranqüilo. A minha crítica a orações em montes se dá, portanto, por duas razões: misticismo e insegurança.
Finalmente, o irmão está equivocado ao pensar que não compete nós julgar as atitudes dos irmãos. Não cabe a nós o julgamento calunioso (Mt 7.1,2). Quanto a julgar no sentido de discernir, provar, examinar, tomar posição e refutar, aconselho-o a meditar em João 7.24; 1 João 4.1; 1 Coríntios 14.29; 1 Tessalonicenses 5.21; Atos 17.11; 1 Pedro 4.17; Atos 5; 2 Coríntios 11; 1 Coríntios 5.11; Apocalipse 2 a 3; Salmos 11.3; Isaías 5.20; 1 Coríntios 2.15, etc.
Em Cristo,
CSZ
Graça e Paz, pastor Ciro. Gostaria de dizer que todos têm o direito de aceitar ou recusar subir o monte; posso dizer que realmente existe muito exagero por parte dos que vão a esse local. Mas acredito que às vezes um comportamento da natureza extrema ao qual ocorre nos montes não vem a atrapalhar a vida espiritual, desde que essa atitude não venha a tomar o lugar de Deus, pois Deus não divide sua glória com ninguém.
Temos relatos bíblicos que, diante de nossas pessoas, na atualidade poderiam nos chocar, tais como o rei Davi, que despiu-se e dançou diante do seu povo, e foi agradável a Deus; outro maior relato bíblico foi registrado em Atos: todos que foram cheios do poder de Deus andavam como se fossem bêbados, e sabemos que um pessoa bêbada não anda muito certinho, e sim tombando. Acredito que tudo dever ter ordem e uma ética, pois todo profeta está sujeito ao espírito. Se Deus ministrar algo em meu coração, eu posso muito bem falar normalmente, sem gritar, rodar, esbofetear o ar ou até mesmo alguém, para entregar a mensagem.
O sentido de subir ao monte é nada mais nada menos que buscar a Deus em um lugar diferente, podendo ser em uma praia, em uma fazenda, em uma árvore, em uma caverna. É apenas uma atitude espontânea de buscar a Deus. Cada um tem a sua maneira especial e particular de expressar o desejo de buscar a Deus; apenas não devemos mistificar com gestos e ações que não passam apenas de atos carnais. Não posso julgar o que cada um faz, mas posso não aceitar como normal. O Deus todo poderoso é quem vai indicar se são sinceras ou falsas as atitudes nos montes. Eu em particular já fui buscar mais de Deus nos montes e gosto muito disso; as meninices existem de fato, mas a minha atitude diante de Deus é que faz a diferença. Em todo lugar é tempo de buscar mais do Senhor Jesus.
Pastor Ismael Andrade.
Pastor Ciro responde:
Caro pastor Ismael,
Em primeiro lugar, que as bênçãos do Natal sejam derramadas sobre a sua vida. Agradeço-lhe pelas suas considerações, conquanto o irmão esteja um tanto equivocado.
Eu não tenho nada contra orar em montes ou vales, desde que as condições para isso sejam favoráveis. Sou contra o misticismo que ora prevalece no meio evangélico. Creio no poder de Deus, mas a Palavra do Senhor não avaliza o misticismo. E há muito misticismo em torno de orações em montes.
Jesus disse que a sua Casa (na ocasião, o Templo) é Casa de oração e também ensinou que devemos orar em nossa casa, a sós, como vemos nos Evangelhos. Não vemos também a igreja primitiva orando em montes. Leia Atos, principalmente os capítulos 1 a 13, e constatará que todos os cristãos oravam no templo e nas casas, e não em montes.
Por que o Senhor Jesus orou no monte? Porque não havia lugares para Ele ficar a sós com Deus. Era grande a pressão do povo sobre Ele. Só por isso optou por orar no monte. Mas lembre-se de que Jesus também orou no deserto. Por quê? Queria ficar a sós com Deus.
Jesus nunca incentivou a idéia mística que há em torno dos montes. Mas eu me posiciono contra orar em montes ou no meio do mato, ainda, em razão da falta de segurança. Já soube de irmãs que foram violentadas em montes e de irmãos que foram assaltados. E aqui no Rio de Janeiro, há alguns anos, um jovem foi atingido por um raio e morreu. "Ah, foi plano de Deus", alguém dirá. No entanto, a Palavra de Deus afirma que podemos morrer fora do tempo (Ec 7; Ef 6.1-3, etc.).
O irmão citou exemplos isolados, que em nada abonam o costume de orar em montes. Davi dançou ao comemorar uma vitória. Mas isso não significa que podemos fazer o que quisermos hoje, posto que fazemos parte da Igreja neotestamentária, cujo culto coletivo tem sim princípios que o regem (1 Co 12 a 14, etc). Ademais, o gesto do rei Davi foi patriótico. Ele jamais dançou na casa de Deus. Inclusive, junto com Asafe, estabeleceu o culto coletivo, na época, e não pôs dançarinos ou coreógrafos na Casa de Deus ou em reuniãos solenes.
Quanto à sua interpretação de Atos 2, com todo o respeito, ela é para lá de exagerada, pois o povo de Deus foi tido como embriagado devido às línguas estranhas pronunciadas, e não em razão de andarem cambaleantes ou coisa parecida. A Palavra de Deus é clara quanto ao culto pentecostal, que deve ter ordem e decência (1 Co 14). Em tempo, eu também já orei em montes e, epecialmente, no Vale da Bênção, em Araçariguama, São Paulo, um lugar agradabilíssimo, seguro e tranqüilo. A minha crítica a orações em montes se dá, portanto, por duas razões: misticismo e insegurança.
Finalmente, o irmão está equivocado ao pensar que não compete nós julgar as atitudes dos irmãos. Não cabe a nós o julgamento calunioso (Mt 7.1,2). Quanto a julgar no sentido de discernir, provar, examinar, tomar posição e refutar, aconselho-o a meditar em João 7.24; 1 João 4.1; 1 Coríntios 14.29; 1 Tessalonicenses 5.21; Atos 17.11; 1 Pedro 4.17; Atos 5; 2 Coríntios 11; 1 Coríntios 5.11; Apocalipse 2 a 3; Salmos 11.3; Isaías 5.20; 1 Coríntios 2.15, etc.
Em Cristo,
CSZ
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Meu irmão é de uma igreja pseudo-evangélica
Daniele pergunta:
A paz do Senhor, pastor Ciro!
Meu irmão recebeu Jesus numa igreja que se diz evangélica, mas que não prega o evangelho. Ele já foi membro durante muito tempo da Assembléia de Deus; e, depois de ter conhecido a verdade, voltou para a igreja anterior. Ele e sua esposa são os tipos de pessoas que você descreveu num artigo sobre igrejas pseudo-evangélicas: só pensam em ter dinheiro, muitas lojas e mostram a todos que têm status. Meu irmão não aceita doença em crente e diz que, se a pessoa não foi curada, é porque não teve fé suficiente. Eles estão cada vez mais soberbos. Nem tento mostrar-lhes a verdade, pois eles já viveram nela; também não aceitam o que os outros pensam. Depois que voltaram pra essa igreja, realmente têm crescido financeiramente. Coincidência? Como fica a salvação dessa pessoa que acha que Deus está no seu controle?
Um abraço.
Daniele.
Pastor Ciro responde:
Amada irmã Daniel, a paz do Senhor!
A sua pergunta é muito interessante e digna de constar deste blog, a fim de que outros irmãos sejam avisados quanto aos desvarios da falaciosa teologia da prosperidade. Omiti algumas informações, para que você não tenha problemas com os seus familiares.
Seu irmão aceitou Jesus numa igreja pseudo-cristã. Isso é possível, pois quem salva é o Senhor Jesus, e não uma denominação. É claro que uma pessoa verdadeiramente salva, depois de conhecer a verdade, dificilmente permanecerá em uma igreja que não prega a verdade, a menos que esteja consciente do erro de seus irmãos e queira abrir-lhes os olhos. Quanto à Assembléia de Deus, reconheço que ela não é perfeita, mas as congregações pastoreadas por homens sérios, compromissados com a Palavra, contribuem, e muito, para o crescimento espiritual do crente em Jesus.
Cada crente tem o direito de escolher a sua igreja. Entretanto, a descrição que você fez de seu irmão e sua cunhada me levam a acreditar que eles realmente estão enganados. Você disse que eles só pensam em dinheiro, lojas e status. Ter dinheiro, em si, não é pecado, porém só pensar nisso é avareza, amor sórdido ao dinheiro, isto é, um tipo de idolatria (Ef 5.5; 1 Tm 6.9,10). A Palavra de Deus chama os avarentos de falsos irmãos (1 Co 5.11; Ap 3.18-20).
Você também afirmou que o seu irmão não aceita doença em crente; mas a argumentação dele de que a pessoa que não foi curada ainda não teve fé suficiente também não resiste a uma análise bíblica. Que Jesus cura não há dúvida, pois Ele levou sobre si todas as nossas enfermidades (Is 53; Mt 8). Por outro lado, quem somos nós para dizer: “Eu não aceito a enfermidade”? E, se o Senhor quiser nos provar, permitindo que fiquemos enfermos? O livro de Jó mostra que Deus permite que o justo fique enfermo. E o apóstolo Paulo afirmou que nada pode nos separar do amor de Deus, nem a morte (Rm 8.35-39).
O crente, como ser humano, desgasta-se, naturalmente (Sl 90.10; 2 Co 4.16) e pode ficar enfermo sim (leia 1 Timóteo [a epístola toda]). Não existem super-crentes. Até mesmo um famoso missionário, que manda os crentes “determinarem”, não aceitando as enfermidades, um dia desses apareceu magro, abatido na televisão, dizendo que foi obrigado a passar por uma cirurgia nos EUA! Esse missionário é discípulo de Kenneth Hagin, um dos principais propagadores da teologia da prosperidade e da confissão positiva, o qual, apesar de afirmar que nunca ficava doente, morreu há alguns anos!
Fiquei realmente preocupado com a descrição que você fez de seu irmão e sua cunhada, pois, se eles estão cada dia mais soberbos, também estão cada vez mais se distanciando do Senhor, que detesta a soberba (Sl 138.6; 1 Pe 5.6). E o fato de eles prosperarem financeiramente não é prova de que Deus esteja aprovando a maneira de eles agirem. Aliás, isso é até uma ilusão diabólica, levando a pessoa a pensar que o Senhor está com ela por causa do seu progresso financeiro (1 Tm 2.9; 2 Pe 2.3; 2 Co 2.17; Mt 6.19-21).
Para progredir financeiramente não é preciso nem ser crente. Muitos, através do pensamento positivo, mediante boas idéias e muito esforço, têm prosperado no mundo, mesmo não seguindo a Palavra de Deus. Quanto à sua última pergunta — “Como fica a salvação dessa pessoa que acha que Deus está no seu controle?” —, ela precisa saber que não podemos confiar em nosso próprio coração (Jr 17.9) nem no que dizem as pessoas à nossa volta. É o Espírito Santo quem testifica, dentro de nós, que somos filhos de Deus (Rm 8.16). E, como a Palavra de Deus é a espada do Espírito, o verdadeiro crente permite que Ele aplique as verdades das Escrituras ao seu coração (Ef 6.17; Hb 4.12).
Portanto, um cristão que se preza não segue a seus impulsos ou a ensinamentos de missionários, apóstolos ou pastores que não pregam o evangelho de Cristo com verdade. Antes, examina tudo (At 17.11; 1 Jo 4.1) e retém somente o que é bom (1 Ts 5.21).
Em Cristo,
CSZ
A paz do Senhor, pastor Ciro!
Meu irmão recebeu Jesus numa igreja que se diz evangélica, mas que não prega o evangelho. Ele já foi membro durante muito tempo da Assembléia de Deus; e, depois de ter conhecido a verdade, voltou para a igreja anterior. Ele e sua esposa são os tipos de pessoas que você descreveu num artigo sobre igrejas pseudo-evangélicas: só pensam em ter dinheiro, muitas lojas e mostram a todos que têm status. Meu irmão não aceita doença em crente e diz que, se a pessoa não foi curada, é porque não teve fé suficiente. Eles estão cada vez mais soberbos. Nem tento mostrar-lhes a verdade, pois eles já viveram nela; também não aceitam o que os outros pensam. Depois que voltaram pra essa igreja, realmente têm crescido financeiramente. Coincidência? Como fica a salvação dessa pessoa que acha que Deus está no seu controle?
Um abraço.
Daniele.
Pastor Ciro responde:
Amada irmã Daniel, a paz do Senhor!
A sua pergunta é muito interessante e digna de constar deste blog, a fim de que outros irmãos sejam avisados quanto aos desvarios da falaciosa teologia da prosperidade. Omiti algumas informações, para que você não tenha problemas com os seus familiares.
Seu irmão aceitou Jesus numa igreja pseudo-cristã. Isso é possível, pois quem salva é o Senhor Jesus, e não uma denominação. É claro que uma pessoa verdadeiramente salva, depois de conhecer a verdade, dificilmente permanecerá em uma igreja que não prega a verdade, a menos que esteja consciente do erro de seus irmãos e queira abrir-lhes os olhos. Quanto à Assembléia de Deus, reconheço que ela não é perfeita, mas as congregações pastoreadas por homens sérios, compromissados com a Palavra, contribuem, e muito, para o crescimento espiritual do crente em Jesus.
Cada crente tem o direito de escolher a sua igreja. Entretanto, a descrição que você fez de seu irmão e sua cunhada me levam a acreditar que eles realmente estão enganados. Você disse que eles só pensam em dinheiro, lojas e status. Ter dinheiro, em si, não é pecado, porém só pensar nisso é avareza, amor sórdido ao dinheiro, isto é, um tipo de idolatria (Ef 5.5; 1 Tm 6.9,10). A Palavra de Deus chama os avarentos de falsos irmãos (1 Co 5.11; Ap 3.18-20).
Você também afirmou que o seu irmão não aceita doença em crente; mas a argumentação dele de que a pessoa que não foi curada ainda não teve fé suficiente também não resiste a uma análise bíblica. Que Jesus cura não há dúvida, pois Ele levou sobre si todas as nossas enfermidades (Is 53; Mt 8). Por outro lado, quem somos nós para dizer: “Eu não aceito a enfermidade”? E, se o Senhor quiser nos provar, permitindo que fiquemos enfermos? O livro de Jó mostra que Deus permite que o justo fique enfermo. E o apóstolo Paulo afirmou que nada pode nos separar do amor de Deus, nem a morte (Rm 8.35-39).
O crente, como ser humano, desgasta-se, naturalmente (Sl 90.10; 2 Co 4.16) e pode ficar enfermo sim (leia 1 Timóteo [a epístola toda]). Não existem super-crentes. Até mesmo um famoso missionário, que manda os crentes “determinarem”, não aceitando as enfermidades, um dia desses apareceu magro, abatido na televisão, dizendo que foi obrigado a passar por uma cirurgia nos EUA! Esse missionário é discípulo de Kenneth Hagin, um dos principais propagadores da teologia da prosperidade e da confissão positiva, o qual, apesar de afirmar que nunca ficava doente, morreu há alguns anos!
Fiquei realmente preocupado com a descrição que você fez de seu irmão e sua cunhada, pois, se eles estão cada dia mais soberbos, também estão cada vez mais se distanciando do Senhor, que detesta a soberba (Sl 138.6; 1 Pe 5.6). E o fato de eles prosperarem financeiramente não é prova de que Deus esteja aprovando a maneira de eles agirem. Aliás, isso é até uma ilusão diabólica, levando a pessoa a pensar que o Senhor está com ela por causa do seu progresso financeiro (1 Tm 2.9; 2 Pe 2.3; 2 Co 2.17; Mt 6.19-21).
Para progredir financeiramente não é preciso nem ser crente. Muitos, através do pensamento positivo, mediante boas idéias e muito esforço, têm prosperado no mundo, mesmo não seguindo a Palavra de Deus. Quanto à sua última pergunta — “Como fica a salvação dessa pessoa que acha que Deus está no seu controle?” —, ela precisa saber que não podemos confiar em nosso próprio coração (Jr 17.9) nem no que dizem as pessoas à nossa volta. É o Espírito Santo quem testifica, dentro de nós, que somos filhos de Deus (Rm 8.16). E, como a Palavra de Deus é a espada do Espírito, o verdadeiro crente permite que Ele aplique as verdades das Escrituras ao seu coração (Ef 6.17; Hb 4.12).
Portanto, um cristão que se preza não segue a seus impulsos ou a ensinamentos de missionários, apóstolos ou pastores que não pregam o evangelho de Cristo com verdade. Antes, examina tudo (At 17.11; 1 Jo 4.1) e retém somente o que é bom (1 Ts 5.21).
Em Cristo,
CSZ
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Quais os sintomas do batismo no Espírito?
Geise Alves Oliveira pergunta:
Olá, paz do Senhor Jesus Cristo, amado pastor Ciro! Sou sua leitora, dos livros Evangelhos que Paulo jamais pregaria, Erros que os pregaodres devem evitar, bem como de seus blogs. Gosto da sua postura em defender a Palavra do Senhor. Nossas opiniões sobre diversos assuntos têm sido iguais. Quanto ao batismo no Espírito Santo, quais são os sintomas de uma pessoa que está sendo batizada. Como ela reage? Já que o amado pastor tem condenado várias reações, gostaria de saber quais são os tais sintomas, a fim de não confundir uma pessoa verdadeiramente batizada com outras manifestações estranhas. Agradeço desde já.
Pastor Ciro responde:
Minha amada irmã Geise, a paz do Senhor! Fiquei feliz e sobremodo honrado em saber que você é leitora de meus escritos. Que bom que temos afinidade quanto às doutrinas esposadas na Palavra de Deus!
Quanto ao batismo no Espírito Santo, que também pode ser chamado de batismo com o Espírito Santo, o capítulo 2 de Atos é bastante claro. Trata-se o tal batismo de um revestimento de poder do alto (At 1.8; Lc 24.49), cuja evidência é falar em línguas estranhas, isto é, desconhecidas de quem as pronuncia. Essas línguas são, inicialmente, o sinal de que o crente foi agraciado com o mencionado dom, mas não devem ser confundidas com o dom de variedade de línguas. O revestimento de poder (batismo no [com o] Espírito Santo) é a porta para a manifestação dos dons como ministérios específicos e manifestações esporádicas na igreja (estude 1 Coríntios 12 a 14).
Minhas críticas às manifestações estranhas que ora ocorrem em algumas igrejas ditas pentecostais estão embasadas na Palavra de Deus. Em muitos lugares, crentes têm recebido unções do riso, de leão, de cachorro, de lagartixa, etc. Nada disso resiste a uma análise bíblica, posto que o culto pentecostal deve ter decência e ordem (1 Co 14.40). Daí o apóstolo Paulo ter dito, em 1 Coríntios 14.37: “Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor”.
Em Cristo,
CSZ
Olá, paz do Senhor Jesus Cristo, amado pastor Ciro! Sou sua leitora, dos livros Evangelhos que Paulo jamais pregaria, Erros que os pregaodres devem evitar, bem como de seus blogs. Gosto da sua postura em defender a Palavra do Senhor. Nossas opiniões sobre diversos assuntos têm sido iguais. Quanto ao batismo no Espírito Santo, quais são os sintomas de uma pessoa que está sendo batizada. Como ela reage? Já que o amado pastor tem condenado várias reações, gostaria de saber quais são os tais sintomas, a fim de não confundir uma pessoa verdadeiramente batizada com outras manifestações estranhas. Agradeço desde já.
Pastor Ciro responde:
Minha amada irmã Geise, a paz do Senhor! Fiquei feliz e sobremodo honrado em saber que você é leitora de meus escritos. Que bom que temos afinidade quanto às doutrinas esposadas na Palavra de Deus!
Quanto ao batismo no Espírito Santo, que também pode ser chamado de batismo com o Espírito Santo, o capítulo 2 de Atos é bastante claro. Trata-se o tal batismo de um revestimento de poder do alto (At 1.8; Lc 24.49), cuja evidência é falar em línguas estranhas, isto é, desconhecidas de quem as pronuncia. Essas línguas são, inicialmente, o sinal de que o crente foi agraciado com o mencionado dom, mas não devem ser confundidas com o dom de variedade de línguas. O revestimento de poder (batismo no [com o] Espírito Santo) é a porta para a manifestação dos dons como ministérios específicos e manifestações esporádicas na igreja (estude 1 Coríntios 12 a 14).
Minhas críticas às manifestações estranhas que ora ocorrem em algumas igrejas ditas pentecostais estão embasadas na Palavra de Deus. Em muitos lugares, crentes têm recebido unções do riso, de leão, de cachorro, de lagartixa, etc. Nada disso resiste a uma análise bíblica, posto que o culto pentecostal deve ter decência e ordem (1 Co 14.40). Daí o apóstolo Paulo ter dito, em 1 Coríntios 14.37: “Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor”.
Em Cristo,
CSZ
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